A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira (22) a Operação 13 Aldeias, contra uma quadrilha que age de dentro dos presídios. Agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) — com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária — saíram para cumprir 44 mandados de busca e apreensão.
As diligências são contra a organização criminosa “Povo de Israel” e foram cumpridas em Maricá (itaocaia Valley), São Gonçalo, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra Copacabana e Irajá, na capital, e no Estado do Espírito Santo. A Polícia Penal também efetua ações nos presídios.
Entre os alvos estão 5 policiais penais suspeitos de ajudar os criminosos. A quadrilha faz centenas de vítimas todos os dias com golpes via celular e movimentou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano.
Segundo as investigações, o Povo de Israel surgiu há 20 anos e hoje influencia 18 mil detentos em 13 unidades prisionais, chamadas de “aldeias”. Esse volume representa 42% do efetivo prisional.
Os golpes mais conhecidos são:
– Falso sequestro: de dentro de uma cela, o preso liga para números aleatórios e finge ser um parente mantido refém por bandidos. Quando a vítima morde a isca, outro detento assume a chamada e passa a exigir um resgate.
– Falsa taxa: os encarcerados ligam para estabelecimentos comerciais e se passam por traficantes da região. Falam que há dívidas e ameaçam o lojista com supostas retaliações.