O Maricá FC fez, nesta terça (01), a principal partida de sua breve história; ao entrar em campo contra o Guarani-SP pela Copa do Brasil, mostrou que tem cacife para chegar à primeira divisão do Campeonato Carioca e seguir participando da mais democrática competição nacional.
Vamos começar fazendo uma análise do clube dentro de campo: o time só perdeu por conta de uma falha individual do zagueiro Athyla, que vinha fazendo grande partida ao ser um dos principais nomes da defesa maricaense. O Maricá FC estava muito mais perto de fazer o primeiro gol e sair com a vitória – e, consequentemente, a classificação para a segunda fase do torneio nacional.
O Tsunami, apesar de ter menos posse de bola, mostrou que tem velocidade e, se acertar a pontaria, pode ser fatal. Ah! Mas, para isso, também é necessário que a arbitragem não atrapalhe – o árbitro Paulo Henrique Schleich Vollkopf deixou de marcar uma penalidade máxima para o Maricá aos 25′ do primeiro tempo.
Após mostrar tamanha qualidade dentro de campo contra um adversário que – por pouco – não conseguiu subir para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro no último ano, o time comandado por Marcus Alexandre Cravo entra na Série A2 do Cariocão como grande favorita ao título e, consequentemente, ao acesso.
Para isso, é necessário que a palavra-chave que já vem permeando os trabalhos no clube nos últimos anos, se mantenha como a grande norteadora em 2022: planejamento. “A diretoria é muito segura com relação à planejamento. O Maricá tinha o planejamento de estar disputando uma competição nacional e estar na divisão de acesso do Campeonato Carioca em cinco anos e conseguimos abreviar para três anos”, disse o treinador Marcus Alexandre Cravo, em conversa com este que vos escreve.
O depoimento de Marcus Alexandre é um exemplo claro de que o sucesso no presente se vem, sim, olhando para o futuro. O próprio treinador, que está indo para o quarto ano à frente do time profissional, é um exemplo de algo planejado e que dá certo – apesar da “cornetagem” da torcida ao longo dos últimos anos. O time tem um padrão de jogo vertical, com velocidade, que busca o gol do adversário a todo momento, estando ou não com a posse da bola.
Até o momento, o Maricá FC anunciou a renovação de 11 jogadores remanescentes do ano passado e a contratação de outros 17 para composição do elenco. “Fizemos um balanço da temporada passada e mantivemos os jogadores que foram bem. Trouxemos atletas para as posições que o nível não foi o que desejávamos. Também trouxemos jogadores para recompor a perda daqueles jogadores que foram negociados”, disse Marcus. O objetivo é claro: um elenco conciso, competitivo e capaz de conquistar títulos para o Tsunami.
O Maricá FC está “batendo na trave” do acesso e da conquista de títulos há, pelo menos, dois anos. A insistência é a chave para o sucesso. “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, já diz o velho ditado. O Tsunami já conquistou a Taça Corcovado em 2020. Na base, vários troféus já vieram. 2022 tem tudo para ser o ano do time maricaense. O acesso para a primeira divisão do Campeonato Carioca é logo ali.
Lucas Nunes é jornalista e, atualmente, repórter do ErreJota Notícias. Atuou com jornalismo esportivo na Rádio Ultra FM, Maricá TV e Empresa Brasil de Comunicação (TV Brasil / Rádio Nacional).
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