Na última quarta-feira (22/03), três pais de alunos do 9° ano do fundamental de um grande colégio de Niterói foram à direção para pedir a exclusão do livro “Pequeno manual antirracista” da filósofa Djamila Ribeiro da grade escolar. A escola, segundo uma nota que foi divulgada, não deu ouvidos e ainda implementou um projeto sobre a autora.
Djamila Taís Ribeiro dos Santo é filósofa, feminista negra, escritora e pesquisadora acadêmica. É mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Tornou-se conhecida no país por seu incansável ativismo na Internet e atualmente é colunista do jornal Folha de S. Paulo.
Uma das principais vozes no combate ao racismo, acumulou honrarias ao longo dos anos, como Prêmio Cidadão SP em Direitos Humanos, em 2016. Trip Transformadores, em 2017. Melhor colunista no Troféu Mulher Imprensa em 2018, Prêmio Dandara dos Palmares e está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU.
Qual é a história do livro “Pequeno manual antirracista”?
No livro, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas.
Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais