Uma nova espécie de mamífero fóssil foi identificada no Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí, reforçando a importância do município no cenário da paleontologia mundial. O estudo, que descreve o animal, foi publicado na revista científica Journal of Mammalian Evolution.
A descoberta, batizada de Itaboraitemnus macrodon em homenagem à cidade, é o maior notoungulado já encontrado na Bacia Sedimentar de Itaboraí. Com cerca de 40 centímetros e aproximadamente 6 quilos, o animal era herbívoro e representa o primeiro registro da família Isotemnidae no Brasil.

A Bacia Sedimentar de Itaboraí, com cerca de 55 milhões de anos, é reconhecida globalmente por preservar os primeiros fósseis da América do Sul após a extinção dos dinossauros, incluindo o tatu mais antigo do mundo. A relevância científica do local é tão grande que deu origem a um andar geológico específico, o “Itaboraiense”, usado como referência internacional.
Para os pesquisadores, a descoberta do Itaboraitemnus macrodon reforça que ainda há muito a ser explorado na região. O paleontólogo Luis Otavio Castro, um dos autores do estudo, destacou a importância de preservar esse patrimônio. “Cada nova descoberta mostra não apenas a riqueza científica do Parque, mas também a importância de preservar esse patrimônio geopaleontológico único no mundo”, afirmou.
