A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem oito mandados de busca e apreensão em casas e escritórios de suspeitos de envolvimento com recursos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). A operação Talha está sendo realizada no Rio de Janeiro e em Brasília.
A ação de hoje é um desdobramento da operação Fatura Exposta, realizada em 2017, que mostrou a existência de uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos em unidades de saúde no estado do Rio.
A PF não informou o período em que funcionou o esquema de corrupção no Into. Segundo a assessoria de imprensa da PF, há indícios de lavagem de dinheiro recente dos recursos desviados.
Durante as investigações, a polícia constatou que um ex-parlamentar federal, cujo nome não foi divulgado, atuava na nomeação de diretores do Into e tinha influência direta em questões administrativas do hospital, incluindo a marcação de exames e cirurgias de pessoas de seu interesse.
“O ex-deputado é suspeito de exigir vantagens ilícitas a pretexto de conseguir a liberação de recursos de emendas parlamentares para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, recursos que eram posteriormente desviados pela organização criminosa desarticulada nas operações da PF Fatura Exposta e Ressonância”, informa a nota divulgada pela PF.