Na manhã desta sexta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sentinela, em Niterói (RJ), com o objetivo de combater o compartilhamento, a posse e a produção de imagens e vídeos com conteúdo de abuso sexual infantil.
Durante a ação, os policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal de Niterói. No local, foi apreendido o telefone celular do investigado, que passará por perícia técnica criminal para aprofundamento das investigações.
O inquérito policial teve início a partir de apurações conduzidas pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), que, por meio de ferramentas especializadas, identificou indícios da prática de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As diligências virtuais e presenciais permitiram a identificação do suspeito, responsável por armazenar, produzir e compartilhar material com cenas de exploração sexual de crianças e adolescentes.
O investigado, de 19 anos, deverá responder pelos crimes de produção, armazenamento e compartilhamento de conteúdo com cenas de abuso sexual infantil, além de outros delitos que possam ser constatados ao longo da investigação.
O nome da operação, Sentinela, faz referência à atuação contínua de monitoramento e vigilância das atividades ilícitas na internet realizadas pelo GRCC, especialmente as que vitimam crianças e adolescentes.
Embora o termo “pornografia infantil” ainda conste na legislação brasileira (art. 241-E da Lei nº 8.069/1990 – ECA), a comunidade internacional tem preferido utilizar expressões como “abuso sexual” ou “violência sexual contra crianças e adolescentes”, que melhor traduzem a gravidade e a dimensão da violência sofrida pelas vítimas.
A Polícia Federal reforça a importância de pais e responsáveis acompanharem de perto a vida digital dos filhos, orientando sobre o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos. O diálogo aberto sobre os riscos do ambiente virtual e a atenção a mudanças de comportamento — como isolamento repentino ou sigilo excessivo quanto ao uso do celular e do computador — podem ajudar a prevenir situações de abuso.
Ensinar crianças e adolescentes a reconhecer e denunciar contatos inadequados é essencial. A prevenção e a informação continuam sendo as ferramentas mais eficazes para garantir a segurança e o bem-estar dos jovens e proteger vidas.








 
                                    











