A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta terça-feira (08) a nova autópsia do corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos. O exame feito no Brasil complementa a análise preliminar realizada ainda na Indonésia, que indicava que Juliana faleceu cerca de 20 minutos após o acidente. No entanto, até agora, não foi possível determinar o momento exato da queda. O corpo da jovem foi localizado quatro dias após o desaparecimento.
O laudo pericial do Instituto Médico-Legal (IML), elaborado com base no exame cadavérico, concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética. Apesar de indicar que os ferimentos seriam letais em curto prazo, os peritos do Rio não descartam a possibilidade de um período de sofrimento físico e psíquico antes da morte efetiva.
A perícia também aponta que não é possível afirmar com segurança se houve outras quedas, mas confirma que os ferimentos são compatíveis com um único impacto de grande intensidade, que comprometeu órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna.
Também foi destacado que fatores ambientais podem ter influenciado o acidente. A exposição ao estresse, o isolamento e as condições da trilha podem ter causado desorientação, dificultando a tomada de decisões por parte de Juliana antes da queda. Embora o corpo apresentasse ressecamento ocular e algumas lesões musculares, não foram encontrados indícios de desnutrição, uso de substâncias ou fadiga extrema.