O deputado estadual Coronel Salema (PSL) faz na noite desta quinta-feira, dia 9 de maio, uma sessão solene em comemoração aos 210 anos da PMERJ, com cessão de moções de louvor e aplausos a policiais que foram gravemente feridos na defesa da sociedade. Três deles eram lotados no 12ºBPM (Niterói) e um no 7ºBPM (São Gonçalo). A corporação será homenageada com uma placa que ressalta a importância da missão que realiza em todo o Estado do Rio.
O cabo Victor Corrêa do Couto, 31 anos, perdeu a perna após ser baleado durante incursão no Morro do Palácio, no Ingá, na Zona Sul de Niterói, no dia 23 de janeiro de 2018. O sargento Jorge Pereira dos Santos, 48, perdeu a visão e a audição e sofreu paralisia facial após ser baleado do lado esquerdo do rosto durante confronto com assaltantes, em Maricá, no dia 19 de setembro de 2017. O cabo Tiago de Souza Guimarães, 33, perdeu o movimento do pé esquerdo após ser baleado durante incursão na Favela do Inferninho, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Atingido no nervo ciático, ele foi submetido a uma reconstrução do nervo, mas os movimentos não retornaram. O sargento Gerson Camacho sofreu paralisia e perdeu os movimentos do lado direito do corpo após ser baleado na cabeça durante incursão na localidade conhecida como Recanto das Acácias, no Complexo do Salgueiro, no bairro de mesmo nome, em São Gonçalo.
Entre os homenageados também está o major do Corpo de Bombeiros Greysson de Oliveira Mazon, 47, que, em julho de 2018, salvou a vida do cabo Sandro Antônio da Silva, 39. Lotado no 33ºBPM (Angra dos Reis), o PM foi baleado durante operação na Favela Sapinhatuba, em Angra dos Reis. Atingido três vezes por um criminoso armado com um fuzil calibre 556, o cabo Sandro sofreu ferimentos no tórax e na axila, com fissura na costela e perfuração do pulmão direito. No momento do socorro, o policial estava em processo de afogamento pelo próprio sangue que se espalhava por sua caixa torácica. Autorizado pelo comandante do 10ºGBM (Angra dos Reis), tenente-coronel Luis Otávio Moura Gaspar, o major Greysson de Oliveira Mazon deixou a viatura e assumiu o procedimento de emergência no Hospital Geral de Japuíba, pois não havia tempo suficiente para subir ao centro cirúrgico e o cabo Sandro já desfalecido corria risco de morte. O major usou o que tinha em suas mãos para honrar sua profissão e a instituição que representa e demonstrou amor ao próximo, fazendo jus ao lema do Corpo de Bombeiros: “Vidas alheias e riquezas salvar”.
De acordo com a Comissão de Análise da Vitimização e Superintendente de Comunicações Críticas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, mais de 20 mil policiais militares morreram por causas não naturais, ficaram feridos ou foram afastados por problemas psiquiátricos e psicológicos no Estado do Rio. Segundo dados de 2017, coletados pelo Monitor da Violência, o Rio de Janeiro é o Estado com maior número absoluto de mortes de policiais no Brasil. Atualmente, existem 5 mil órfãos de agentes de segurança com idades entre 0 e 17 anos. Se considerarmos os maiores de idade, esse número dobra.
Os policiais que perderam suas vidas na missão de garantir a segurança e manutenção da ordem pública também serão lembrados, através de suas viúvas. Elas receberão uma placa em agradecimento pelo sacrifício realizado pelos maridos.