Quem já percorreu os supermercados de Maricá se assustou com a disparada dos preços, principalmente em produtos como arroz, feijão e óleo. Um comparativo feito pelo Errejota Notícias nas redes de supermercados da cidade, mostra que a variação de preço no arroz pode chegar a 76,9%, no feijão 168% e no óleo de 18%.
O levantamento mostrou que se o consumidor não optar por marcas conhecidas e decidir levar o produto mais em conta na hora da compra pode ter uma economia significativa. No caso do arroz, pacote de 5kg, o preço mais caro encontrado foi de R$ 29,99 e o mais barato R$16,95 – diferença de 76,9%. A diferença em valores é de R$ 13,04.
Vale lembrar que o preço do arroz, em alguns supermercados, no pacote de 5 kg, chegou a ser vendido por até R$ 40.
Já o feijão de 1kg apresenta diferença de preço de R$ 5,01, mas é o produto com o maior percentual de diferença, 168%. O pacote mais barato foi encontrado a R$ 2,98 e o mais caro a R$ 7,99.
Já o litro do óleo é o produto com a menor diferença de preços. O valor mais caro encontrado foi R$ 7,99 e o mais barato R$ 6,77. A diferença percentual é de 18%.
Esse fenômeno foi causado pelo dólar alto que incentivou as exportações, diminuindo a oferta interna. Expectativa é de que os preços permaneçam altos até o fim do ano.
Veja os preços apurados:
Supermarket
Arroz
Mais barato: caçarola(R$ 19,99)
Mais caro: Tio João (R$ 29,99)
Feijão preto
Mais barato: Natural (R$ 5,99)
Mais caro: Máximo (R$ 7,99)
Óleo
Mais barato: Corcovado (6,99)
Mais caro: Soya (R$ 7,49)
Mais caro: Liza (R$ 7,49)
Princesa
Arroz
Mais barato: Palmares (R$ 16,95)
Mais caro: Tio João (R$ 29,98)
Feijão preto
Mais barato: Grão Gostoso (R$ 5,99)
Mais caro: Máximo e ComBrasil (R$ 7,98)
Óleo
Mais caro: Soya (R$ 7,99) *Não havia outra marca para comparação
Grão de Ouro
Arroz:
Mais barato: vó Maria (R$ 23,90)
Mais caro: Palmares (R$ 24,90)
Feijão preto:
Mais barato: Annatha (R$ 5,99)
Mais caro: Máximo e ComBrasil (R$ 7,99)
Óleo:
Mais caro: Liza (R$ 6,98) *Não havia outra marca para comparação
Delícias Candy
Arroz
Mais barato: Super Ecco (R$ 18,99)
Mais caro: Tio João (R$ 27,57)
Feijão preto
Mais barato: Maravilha (R$ 2,88)
Mais caro: Granfino (R$ 8,39)
Óleo
Mais barato: Soya (R$ 6,77)
Mais caro: Liza (R$ 6,99)
Redução da alíquota do arroz
Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia, decidiu nesta quarta-feira (9) zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado. A isenção tarifária valerá até 31 de dezembro deste ano.
O objetivo da isenção tarifária temporária é conter o aumento expressivo no preço do arroz ao longo dos últimos meses. Os motivos para a alta são uma combinação da valorização do dólar frente ao real, o aumento da exportação e a queda na safra.
De acordo com a pasta, a redução temporária está restrita à cota de 400 mil toneladas, incidente arroz com casca não parboilizado e arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Até então, a Tarifa Externa Comum (TEC) incidente sobre o produto era de 12%, para o arroz beneficiado, e 10% para o arroz em casca.
A decisão foi tomada durante reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Camex, a partir de um pedido formulado pelo Ministério da Agricultura. O colegiado é integrado pela Presidência da República e pelos ministérios da Economia, das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.