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Prefeito de Niterói é preso em desdobramento da Lava Jato

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Foto: Cristina Boeckel / G1

Uma força-tarefa do Ministério Público (MPRJ) e da Polícia Civil (PCERJ) prendeu, na manhã desta segunda-feira (10), o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. Segundo investigações, o prefeito é acusado de ser líder de um esquema que cobrava 20% das empresas de ônibus consorciadas de Niterói referentes ao reembolso da gratuidade das passagens. O benefício é concedido a alunos da rede pública de ensino, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. A ação foi intitulada de “Operação Alameda”.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, negou ter recebido propina e se disse perplexo com a sua prisão. Ele afirmou que desconhece as acusações e contou que seus sigilos estão abertos para provar que ele não recebeu nenhum tipo de propina. “Eu realmente estou absolutamente perplexo”, disse Neves ao chegar na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.

“Trabalho desde os 18 anos de idade, 20 anos de vida pública, não viajo pro exterior, tenho três filhos lindos, fecho minhas contas como qualquer cidadão de classe média, vivo em um imóvel simples. Me estranha muito esse tipo de ocorrência”, afirmou o prefeito de Niterói.

(Movimentação policial em frente ao prédio onde mora Rodrigo Neves, preso nessa manhã)

A operação desta manhã, batizada de “Alameda”, é um desdobramento da Operação Lava Jato. Além de Rodrigo Neves, foram presos o ex-secretário municipal de Obras do município Domício Mascarenhas de Andrade e os empresários João Carlos Félix Teixeira, presidente do consórcio TransOceânico e sócio da Viação Pendotiba, e João dos Santos Silva Soares, presidente do consórcio Transnit e sócio da Auto Lotação Ingá. Todos foram levados para a Cidade da Polícia. O grupo é acusado de integrar uma organização criminosa para a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva. 

 

 

Na sede da Prefeitura de Niterói, agentes realizaram o cumprimento de mandados de buscas e apreensões. Policiais estiveram dentro do gabinete do prefeito fazendo o recolhimento de documentos. O prédio esteve fechado durante a presença dos agentes e ninguém pode entrar ou sair.

Rodrigo foi denunciado por desvio de mais de R$ 10 milhões da verba de transporte do município. O esquema envolvia, ainda, o pagamento de propina pelos empresários citados à agentes públicos de Niterói. A operação é baseada em delação do ex-dirigente da Fetranspor Marcelo Traça.

Rodrigo levou consigo três livros nas mãos quando foi conduzido pela Cidade da Polícia: Memórias da Segunda Guerra – volume 2, de Winston Churchill; Contra os novos despotismos, Norberto Bobbio e a Bíblia. 

“Eu não sei nem quais são as acusações. [Recebimento de propina]. Imagina, imagina, se vocês virem minha conta, meu sigilo fiscal tá aberto, o sigilo telefônico tá aberto”, enfatizou Neves.

Com a chegada da polícia à sua residência, Rodrigo Neves teria se descontrolado emocionalmente e pediu para ser avaliado por um médico.

Membros do MPRJ e da PCERJ também estão nas sedes de outras oito empresas rodoviárias que atuam no município. Os escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit e do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) também são alvos da força-tarefa. Ao todo, são quatro mandados de prisão cumpridos e outros 19 de busca e apreensão.

Domício Mascarenhas, ex-secretário de Obras também foi preso (Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo)

*em atualização

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