Até o final do ano de 2024, Niterói terá uma malha cicloviária de 120 quilômetros, ligando a Caixa D’Água (no bairro do Caramujo), na Zona Norte, passando por toda a Alameda São Boaventura, o Centro e a Zona Sul, até a Região Oceânica. É o que promete o programa Niterói de Bicicleta, da prefeitura, que apresentou o projeto de expansão da ciclovia nesta quarta-feira, 15, em audiência pública na Câmara Municipal, sobre a lei das bicicletas compartilhadas, aprovada pela Casa na semana passada.
A audiência foi presidida pelo vereador Leonardo Giordano (PC do B) e teve a participação do coordenador do programa Niterói de Bicicleta, Felipe Simões; Vívian Garelli, diretora da ONG Bike Anjo; o fotógrafo, agente de turismo e ciclista Marcello Almo; Danielle Hoppe, gerente de Mobilidade Ativa da ITDP Brasil; empresários do ramo de bicicletas; defensores do ciclismo na cidade e os vereadores Paulo Eduardo Gomes, Professor Túlio (ambos do Psol), Jhonatan Anjos (PDT) e Daniel Marques (União Brasil).
“Estamos fazendo já a ciclovia na Alameda São Boaventura. Queremos ligar todas as regiões da cidade por uma malha cicloviária. Ao contrário do que muita gente pensa, não é algo de elite. Eu nem a minha família nunca tivemos carro. A bicicleta sempre foi um meio de transporte para nós. A ciclovia dá acessibilidade às pessoas para a cidade, para quem não tem dinheiro para comprar um carro. Nos últimos anos o número de pessoas que usa a bicicleta para ir aos seus compromissos, usando a ciclovia, aumentou muito”, contou Felipe.
Ele defende que as estações sejam próximas, para facilitar o acesso das pessoas à bicicleta. “O poder público pode explorar isso através de concessão privada, Parceria Público-Privada (PPP) ou diretamente. Hoje, a bicicleta foi incorporada ao transporte público em Niterói.
Empresários e ciclistas defenderam gratuidade para a população no uso das bicicletas compartilhadas, tal como é adotado pela Prefeitura de Maricá. Na Europa, os cidadãos também podem usar gratuitamente as bicicletas compartilhadas. O uso do modal também foi defendido como uma forma de reduzir o número de carros nas ruas da cidade.