Atendendo a reivindicação das merendeiras, que entraram em greve na última segunda-feira, 29, a Prefeitura de Niterói vai lançar no mês de junho – sem data definida – o Programa de Reestruturação e Organização das Cozinhas Escolares, o Procozinha. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o projeto foi desenvolvido a partir da escuta das merendeiras nos acompanhamentos feitos nas unidades e das reivindicações do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) – Núcleo Niterói – por melhores condições de trabalho observadas em reuniões.
O objetivo do programa é garantir o direito à alimentação escolar de qualidade, a modernização e a readequação da infraestrutura, a valorização profissional e, sobretudo, a segurança e saúde do servidor. Durante o período das férias, para não atrapalhar as atividades no dia a dia da escola, serão realizadas obras e reformas das cozinhas para melhorar a infraestrutura do ambiente e, principalmente, a ventilação.
Também serão adquiridos equipamentos tecnológicos que facilitem o exercício das profissionais, como cortadores e descascadores automáticos, para exigir menos esforço físico e contribuir com a saúde das trabalhadoras. No período de um ano e meio a prefeitura vai investir cerca de R$ 10 milhões, sendo mais da metade do recurso aplicado na compra de equipamentos.

Na manhã desta quarta-feira, 31, várias merendeiras participaram de ato unificado junto com professores da rede estadual ( em greve desde o último dia 17) em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro, no Centro. Às 14 horas, se reúnem em assembleia geral da rede municipal no Sindicato dos Bancários de Niterói, na Rua Evaristo da Veiga, no Centro.
A categoria reivindica mudança na nomenclatura de merendeiras para cozinheiras escolares, com jornada de trabalho de 30 horas e reajuste salarial de 15,19%, recuperando perdas salariais inflacionárias.