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Presidente da Alerj barra obstrução e mantém votação dos royalties do Rioprevidência

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Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) apresentaram 113 emendas ao Projeto de Lei nº 6.035/25, de autoria do Poder Executivo, que autoriza a utilização de recursos de royalties e participações especiais de petróleo e gás natural, atualmente destinados ao Rioprevidência, para o pagamento da dívida do Estado com a União.

A proposta foi amplamente debatida em plenário na terça-feira (14), com participação de parlamentares de diferentes partidos e posicionamentos políticos. O presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (União), informou que o texto deve ser votado em definitivo na próxima semana. Ele também afirmou que pretende pautar os 16 vetos do Executivo na mesma sessão, para evitar obstruções.

A sessão foi acompanhada por representantes de sindicatos de servidores estaduais, que lotaram as galerias do plenário no Edifício Lúcio Costa.

Entenda o projeto

O texto do Executivo prevê que o Estado utilize parte dos royalties e participações especiais como compensação pelos valores que aportou no Rioprevidência nos últimos dez anos, para cobrir insuficiências financeiras do regime previdenciário — um total estimado em R$ 37,8 bilhões.

Desse montante, R$ 4,9 bilhões já foram utilizados em 2024, conforme o Decreto 49.292/24, para pagar parte da dívida com a União. Assim, o valor passível de compensação pode chegar a R$ 32,9 bilhões.

Esses recursos, segundo o projeto, só poderão ser usados para o pagamento da dívida pública com o Governo Federal.

Com base em liminar do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Estado deverá pagar R$ 4,9 bilhões da dívida neste ano. Já o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 prevê despesa de R$ 12,33 bilhões com o serviço da dívida — valor que poderá ser reduzido caso o Rio de Janeiro adhira ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), do Governo Federal, que pode zerar a taxa de juros da dívida fluminense.

Regras e limites

A proposta estabelece que a retenção de recursos do Rioprevidência só poderá ocorrer se houver receita suficiente para cobrir as obrigações previdenciárias. O Estado continuará responsável por assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial do regime.

O Executivo também deverá publicar anualmente relatórios detalhando os valores compensados e as despesas pagas com esses recursos.

Estrutura do Rioprevidência

Criado pela Lei 6.338/12, o Rioprevidência possui dois planos:

Financeiro, destinado ao pagamento das aposentadorias de servidores que ingressaram até maio de 2012;

Previdenciário, voltado à formação de uma poupança para futuras aposentadorias.

O novo projeto proíbe a retirada de ativos do fundo previdenciário, mas permite o uso de recursos do fundo financeiro para despesas com segurança pública e pagamento da dívida com a União, sempre sob supervisão da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e observando os princípios da responsabilidade fiscal.

Outra alteração reforça que o Rioprevidência deve priorizar o uso das contribuições previdenciárias para custear a folha de pagamento, recorrendo aos royalties apenas de forma complementar e excepcional.

O Rioprevidência é responsável pelo pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios previdenciários de servidores efetivos dos três Poderes Estaduais — Executivo, Legislativo e Judiciário —, além do Tribunal de Contas (TCE-RJ), do Ministério Público (MPRJ) e da Defensoria Pública (DPERJ).

A votação foi adiada para a semana.

Previsão de rombo de quase R$ 19 bilhões


No início do mês, o governo do estado do Rio de Janeiro enviou à Alerj o orçamento para 2026. O rombo previsto chega a R$ 18,94 bilhões.

O governo, entretanto, espera reduzir o rombo. Uma reunião com outros órgãos semana passada, como Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado e Defensoria Pública, ficou acertada uma economia de R$ 600 milhões para o ano que vem.

Além disso, o governo prevê que a possibilidade de uma liminar do ministro do STF Dias Toffoli para diminuir o pagamento de juros de dívidas do estado e uma eventual aprovação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) podem reduzir a dívida em até R$ 7 bilhões.

Foto: Octacílio Barbosa ALERJ
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