As comemorações da Semana Santa são celebradas por fiéis católicos, a tradição religiosa celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no domingo de Páscoa pelos fiéis. Nesse período é comum o hábito de consumir peixe por muitos fiéis e não católicos também. A aproximação da sexta-feira santa, comemorada amanhã (2) a procura pelo pescado aumentou em Maricá.
No bairro de Inoã, uma fila já se formava na manhã desta quinta-feira (1º) e a grande procura foi o camarão. Já em Itaipuaçu a procura tem sido pela corvina, xerelete e lula. De acordo com os vendedores, tem peixe para todos os gostos e de diferentes valores.
“A corvina, xerelete e lula, são os peixes da época e por isso ficam mais baratos e a procura tem sido maior”, contou o pescador Márcio Cabral.
Também pescador, Vinicius Pressel conta que devido a proximidade da sexta-feira santa e a grande procura, não conseguirá fazer a entrega de peixes e frutos do mar, mas espera o público em sua banca, localizada na Praia de Itaipuaçu, próximo a antiga Avenida 1.
“Estaremos funcionando direto, a expectativa é que as vendas sejam boas. Chegamos bem cedinho e só saímos no final da tarde. A procura tem sido grande pela corvina”, disse.
Moradora de Inoã, Gláucia Monteiro, 37 anos, conta que a sua preferencia é a corvina e que não faltará na mesa nesta sexta-feira santa.
“É uma tradição comer peixe na sexta-feira santa e por isso repetimos todos os anos. Vim hoje (1º) para evitar as filas amanhã, mas já está tudo muito cheio. Vou levar a corvina, pois acho um peixe saboroso”, explicou.
O presidente da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, destacou que o comércio de pescados comporta diferentes realidades. Segundo ele, para os produtores de peixes cultivados (piscicultores), cujos principais clientes são os supermercados (autorizados a funcionar mesmo onde o lockdown foi adotado), as boas expectativas já se concretizaram.
“Os supermercados não estão sofrendo grandes restrições. Pelo contrário. Estão vendendo muito bem. E, ao contrário da indústria pesqueira marítima, afetada pela pandemia, a piscicultura também não parou. Mantivemos a regularidade, entregando aos compradores as quantidades previamente estabelecidas em contratos e sem aumento nos preços”, comentou Medeiros, estimando que o segmento vendeu cerca de 100 mil toneladas ao longo do último mês.
“Mais uma vez, não voltamos a registrar uma explosão das vendas como as de 2018 e 2019, quando, em alguns locais, chegaram a crescer 300%. Isso não aconteceu, mas, neste ano, também não perdemos vendas. Ao contrário de 2020, quando aí sim, fomos afetados negativamente”, afirmou Medeiros.
Fiscalização- Equipes da Secretaria de Ordem Pública realizaram fiscalização nas peixarias da cidade, a ação tem como objetivo evitar a aglomeração e a proliferação do novo coronavírus.