Professores da rede estadual fizeram uma paralisação de 24 horas nesta terça-feira, 28, para reivindicar o pagamento da parcela de 6,5% da recomposição salarial prometida em dezembro de 2022, pelo governador Cláudio Castro junto à categoria. Além de condições de trabalho precárias e pelo fim do Novo Ensino Médio.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe-RJ) realizou uma assembleia com a categoria na tarde desta terça-feira, 28, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. A maioria decidiu fazer uma nova greve de 24 horas em 19 de junho, com assembleia e indicativo de ato no Palácio Guanabara com a participação do FOSPERJ. No dia 15 de junho, será realizado um Conselho Deliberativo (de forma presencial), no auditório do Sepe, às 14h.
“Na verdade reivindicamos o cumprimento do acordo de recomposição salarial feito pelo Cláudio Castro em dezembro de 2022, ele não deu a parcela de 6,5 % em 2023 e os 6,5% de 2024. Essa recomposição salarial só foi dada para os servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário estaduais , nós, servidores do Executivo não recebemos”, contou Eduardo Mariano, um dos diretores do Sepe-RJ.
Segundo o dirigente, sobre condições de trabalho, faltam funcionários de apoio, inspetores de aluno e porteiro.
Após a assembleia, os professores participaram de um ato do Fórum Estadual de Defesa da Educação Pública, que reunirá profissionais das redes estadual, municipais e federal (em greve), no Largo do Machado, na zona sul do Rio, de onde os manifestantes foram em direção ao Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado.
De acordo com o Sepe, a adesão dos professores à paralisação foi de 50%. Já segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), menos de 1% dos professores aderiram à paralisação e as aulas transcorrem normalmente em toda a rede estadual. Das 1.232 unidades da rede, 1.094 não registraram nenhuma adesão. A pasta afirma que mantém permanente diálogo com a categoria.
Ainda segundo a Seeduc, o Governo do Estado vem investindo na valorização do magistério. Foram mais de R$ 1 bilhão em benefícios, como abonos, triênios, adicionais de qualificação e auxílios transporte e alimentação. Em maio de 2023, 36 mil professores receberam reajuste, para que nenhum recebesse abaixo do valor do piso nacional do magistério. Em dezembro do ano passado, 70 mil servidores da Educação ganharam o Abono Fundeb, equivalente ao 14º salário. Além disso, desde 2021, mais de 2,5 mil professores concursados foram nomeados.