A fase final do maior programa de reflorestamento do Estado do Rio, que vai promover o plantio de mais de 330 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, começou às vésperas do encontro dos chefes de Estado das nações do G20 (18 e 19 de novembro), que reúne as principais economias do mundo para debater temas ambientais e sociais. A nova fase do programa foi iniciada pelo secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, que plantou uma muda de Pau-Brasil em uma área de preservação em Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana.
– Estamos avançando significativamente na recuperação das nossas florestas e do nosso ambiente. Reduzimos o desmatamento, estamos pautando nossas ações de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Investimos em tecnologia, nos nossos técnicos e nos projetos que levam o Estado para o lugar de vanguarda e de pioneirismo de onde nunca deveria ter saído – avalia o governador Cláudio Castro.
O plantio faz parte do Floresta do Amanhã, um dos maiores programas de reflorestamento da mata nativa e que tem a missão de chegar a 40% da sua área original. Para 2025, está programado um financiamento de R$ 13,8 milhões, em parceria com o BNDES, para o plantio de mil hectares, área cinco vezes maior do que a que recebeu mudas este ano.
– O Rio de Janeiro já é, este ano, o estado que mais preservou a Mata Atlântica e o nosso plano é ainda mais ambicioso. Vamos ultrapassar os 32% de área original e mostrar que podemos fazer o RJ crescer economicamente com o verde. Sem contar que todo esse trabalho reflete na garantia dos recursos hídricos das cidades. Manter a mata e preservar as nascentes ainda pode melhorar o volume de água para todas as residências do Rio – assegura o secretário Bernardo Rossi.
As 330 mil mudas de espécies serão plantadas em 200 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol, em Cachoeiras de Macacu e Guapimirim, também na Região Metropolitana. As mudas são de espécies de jequitibá rosa, cedro, peroba, biribá, cambucá, palmeira-jussara e pitangueira, além de outras dezenas de árvores nativas da Mata Atlântica.
Florestas do Amanhã
O Floresta do Amanhã também contou com a restauração agroflorestal de 15 hectares de sistemas em propriedades rurais e implantação dos viveiros. O programa realizou ainda capacitações para a coleta de sementes, produção de mudas e capacitação de jovens, mulheres e agricultores. A nova etapa do programa vai beneficiar as regiões que compõem as bacias hidrográficas do Guandu, da Baía de Guanabara, dos Lagos, de São João da Barra, Macaé e de Rio das Ostras.