Nesta sexta-feira (17), o Projeto Arena Viva, promovido pelo Instituto Burburinho Cultural, realizou mais uma etapa de sua jornada etnoeducativa no Rio de Janeiro, com apresentações do espetáculo “A História de Aya”, estrelado pela atriz Fernanda Dias e dirigido por Vinícius Soares. As atividades foram encenadas em escolas da rede pública municipal — E.M. Christiano Hamann, na Gávea, e E.M. Minas Gerais, na Urca — levando arte, reflexão e representatividade para estudantes.
Com foco na valorização da identidade negra como patrimônio cultural e social do país, o projeto busca inspirar meninas e mulheres negras a ocuparem espaços de protagonismo e liderança. A ação gratuita é oferecida para grupos de 50 alunos, totalizando 750 participantes, transformando pátios escolares em verdadeiras arenas de discussão sobre equidade racial e empoderamento feminino.
Além das apresentações, são distribuídas 1.000 edições do guia “Resistência: Ontem, Hoje e Amanhã”, que apresenta histórias de grandes mulheres negras brasileiras como Ruth de Souza, Lea Garcia e Zezé Motta.

De acordo com Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho Cultural, o Arena Viva é um espaço de transformação social:
“A cultura é uma ferramenta capaz de responder a desafios sociais complexos. O espetáculo contribui para a igualdade racial, de gênero e para uma educação de qualidade, fortalecendo o papel da cultura como eixo estruturante de uma sociedade pautada pela equidade.”
Após cada sessão, o público jovem tem a oportunidade de participar de uma roda de conversa com Tathi Loyola (preparadora vocal do espetáculo) e Emanuelly Araújo (diretora de criação do guia educativo). O material foi desenvolvido por um coletivo de artistas e pesquisadoras negras — Marcella Ferreira, Cecile Mendonça, Lia Castro, Mahryan Sampaio, Monique Paulla e Preta Ilustra — que celebram a ancestralidade, a memória e o protagonismo negro como pilares de uma educação mais justa e plural.
