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Racismo: alunas são chamadas de “macacas” em sala de aula em Maricá

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Duas alunas do 2° ano do Ensino Médio foram vítimas de racismo nesta segunda-feira (04) em um colégio estadual de Maricá. Elas teriam sido chamadas de “macacas” por um outro aluno. O caso aconteceu dentro de uma sala de aula no CIEP 259 Prof. Maria do Amparo Rangel e Souza, no Centro da cidade.

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Segundo Priscila Lima, mãe de uma das alunas, o suspeito agrediu verbalmente as meninas após ser repreendido. “Elas estavam na sala de aula e o garoto é muito desordeiro. A minha filha virou e falou: ‘ah, para de encher o saco‘. Nisso, o garoto falou: ‘cala a boca, macaca‘. Uma coleguinha viu e quando foi defender, o mesmo menino virou para ela e falou: ‘cala a boca você também, macaca‘”, contou.

Outros estudantes presenciaram a cena. Priscila contou que a filha, que tem 16 anos, nunca passou por uma situação como essa e entrou em choque. Insultadas, ambas as alunas procuraram a professora que estava em sala de aula, que acionou a coordenação do colégio.

A filha de Priscila, que não vai ser identificada por ser menor de idade, ligou para a mãe e relatou o caso. Ao chegar na unidade escolar, Priscila foi encorajada pela coordenação da unidade a registrar o caso na 82° DP – Maricá. No entanto, nenhum funcionário da escola se prontificou a acionar a força policial para dar suporte ao caso.

De acordo com o apurado na unidade policial, o aluno tem 17 anos – completa a maioridade no final deste ano. “Como fica o meu coração de mãe, da minha filha na escola com ele? Estou pensando em tirar ela de lá, mas quem tinha que sair era ele. As pessoas matam por conta do racismo”, teme Priscila.

O caso foi registrado no livro de ocorrências da escola. Em defesa própria, o suspeito disse ter sido “uma brincadeira”. Na delegacia, a mãe do menino que teria sido racista tentou falar com Priscila e pedir perdão, mas o temor é que, no futuro, algo mais grave possa acontecer.

“A mãe vai com ele na delegacia para dizer que quer me pedir perdão. Amanhã, se o rapaz se relaciona com uma mulher, ela não quer mais o relacionamento, ele vai fazer o que? Ele vai matar ela. Eu perdoo o filho dela hoje, amanhã ele [pode] estar matando alguém por causa da cor da pele”, concluiu Priscila.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Civil confirmou que a ocorrência foi registrada na 82° DP – Maricá e que “diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”.

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) disse, também em nota, que “a unidade tem projeto interdisciplinar voltado à educação antirracista e que as alunas envolvidas foram ouvidas pela gestão da unidade e seus responsáveis, acionados”.

A nota diz, ainda, que uma apuração interna está sendo feita e que o caso “foi incluído no Registro de Violência Escolar (RVE), uma ferramenta da secretaria que mapeia casos como esses, a fim de criar ações para evitar que se repitam”.

“A secretaria também desenvolve ações pedagógicas de conscientização, escuta ativa e diálogo com os alunos sobre o tema. A Seeduc repudia toda forma de agressão e não compactua com qualquer tipo de violência e discriminação”, conclui o texto.

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