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Radar ajudará na redução de impactos ambientais e monitoramento de chuvas

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Divulgação UFF

Radar instalado na Universidade Federal Fluminense (UFF) permitirá redução de impactos ambientais na Baía de Guanabara e permitirá identificar a formação de frentes de chuvas em tempo real, informação que poderá ser usada para alertar a defesa civil para a ocorrência de chuvas mais intensas sobre a região metropolitana do Grande Rio. Além disso, também interpreta os sinais de AIS – Automatic Identification System – emitidos pelos navios. Tal ação identifica o nome, a localização, a velocidade e o curso da embarcação, permitindo o controle do tráfego marítimo em sua área de cobertura. 

O equipamento fabricado por uma empresa japonesa tem um raio de ação que vai da boca da Barra à ponte Rio-Niterói. No quesito redução de impactos ambientais, o radar permite a identificação das manchas de detritos possibilitando um estudo de avaliação do seu ponto de origem, da sua dispersão, assim como do cálculo da quantidade total de resíduos exportado pela baía para o mar aberto. As informações geradas por meio de computação de alto desempenho e modelos matemáticos possibilitam a definição de parâmetros, como dados sobre ondas e correntes, dispersão de vazamento de óleo e monitoramento de precipitação.

Instalado a 15 metros do solo, no telhado da Geociências, o radar, de 3,5 metros de comprimento, emite pulsos de ondas eletromagnéticas para a superfície da água, que são refletidas em rochas ou embarcações e retornam ao equipamento. Neste primeiro momento, o equipamento permite apenas a identificação “de uma mancha de lixo”, mas o que se pretende é desenvolver um método que permita diferenciar o tipo de lixo – garrafa PET, plantas, madeiras, etc.

Atualmente, o detrito flutuante da Baía de Guanabara é contido por ecobarreiras instaladas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Desde julho de 2016, o sistema já barrou 13 mil e 600 toneladas de resíduos. Com a entrada em operação do equipamento e o trabalho conjunto com as agências reguladoras, é esperado um aumento da eficiência na coleta. Hoje em dia, o recolhimento é feito em horários pré-determinados sem a certeza se existe ou não o lixo. Com o monitoramento do radar, a mancha pode ser identificada e monitorada antes de chegar à boca da barra, fazendo com que essas embarcações sejam acionadas no momento de maior concentração de lixo flutuante.

Com a implantação do radar, outro objetivo importante será alcançado: o treinamento de recursos humanos para operar os equipamentos e proporcionar a criação de soluções mais confiáveis. A Marinha, por exemplo, já demonstrou interesse em que a Coppe-UFRJ e a UFF desenvolvam cursos específicos nesta área, inclusive para a preparação de pessoal da própria armada.

Após a conclusão da fase piloto do projeto, o sistema poderá ser aplicado em outras regiões do oceano.

“O radar Banda X, que utiliza uma faixa de frequência (de 8 a 12 GHz) para comunicação por satélite era até então privativo para uso militar, mas tem muito a colaborar também para o objetivo de reduzir os impactos ambientais na baía, provenientes do descarte irregular de lixo ou óleo”, explica o professor do departamento de Geologia, Arthur Ayres Neto.

 

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