A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) descartou, neste sábado (18), quatro novos casos suspeitos de intoxicação por metanol. Exames laboratoriais confirmaram que os pacientes não apresentavam a substância no organismo. Com isso, dos 17 casos notificados e analisados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/SES-RJ), 15 já foram descartados.
Os casos excluídos mais recentemente ocorreram em São Pedro da Aldeia (2), Cabo Frio (1) e Niterói (1). Ainda permanecem em investigação dois casos — um em Cabo Frio e outro em São João de Meriti.
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância da vigilância contínua:
“A notícia é um alívio, mas seguimos atentos. É fundamental que a população procure atendimento médico imediato ao apresentar sintomas suspeitos após o consumo de bebidas alcoólicas.”
Os principais sintomas de intoxicação por metanol incluem visão turva, desconforto gástrico e gastrite. Em casos graves, a contaminação pode levar à cegueira irreversível e até à morte.
Desde o primeiro registro suspeito, no início de outubro, a SES-RJ tem reforçado a orientação sobre o consumo responsável de bebidas alcoólicas, recomendando a redução, especialmente das destiladas, até a conclusão das investigações sobre possíveis adulterações.
As unidades de saúde estaduais foram alertadas para identificar sintomas compatíveis e seguir o protocolo de atendimento. As amostras coletadas são enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), em parceria com a Unicamp, referência nacional na detecção de metanol.
O Estado também recebeu do Ministério da Saúde remessas de etanol farmacêutico e do antídoto fomepizol, utilizados no tratamento de pacientes intoxicados, além de ter adquirido um lote adicional desses medicamentos. O Hospital Estadual Anchieta foi designado como unidade de referência para o atendimento dos casos suspeitos.