O Rio de Janeiro passa a registrar oficialmente casos de animais atingidos por tiros e adota um protocolo de atendimento para vítimas da violência urbana. A medida da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais prevê que hospitais veterinários informem ocorrências e que denúncias feitas ao 1746 também sejam contabilizadas.
Em menos de 30 dias, seis animais foram baleados. Entre eles está uma cadela grávida ferida por traficantes em Irajá. Apesar de ter sobrevivido após cirurgia, os filhotes morreram. Dois cães também foram atendidos no Hospital Veterinário Jorge Vaitsman: Nina, que levou um tiro e pode precisar de nova operação, e Irajá, que perdeu um dedo após ser baleado.
Outro caso foi o de uma macaca-prego atingida por chumbinho na Gávea. Mesmo recebendo socorro, ela não resistiu. Segundo o secretário Luiz Ramos Filho, todos os animais feridos serão catalogados e encaminhados para adoção assim que liberados dos tratamentos.
O protocolo foi criado diante do aumento das notificações de maus-tratos. A prefeitura espera que as estatísticas auxiliem na responsabilização criminal dos agressores e reforcem políticas de proteção aos animais.