Terminou, sem acordo, a primeira rodada de negociações entre rodoviários e patrões, realizada na quinta-feira (13) na sede do sindicato das empresas de ônibus (Setrerj), no Fonseca, Niterói. Outra reunião está prevista para o dia 20 de outubro e faz parte da campanha salarial da categoria para 2022/23, cuja data-base é 1º de novembro.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui: reajuste salarial calculado sobre o IPCA (índice que calcula a inflação) acumulado dos últimos 12 meses, mais um aumento real de 5%; cesta básica de R$ 700; fim da circulação de dinheiro em espécie nos ônibus, com a instalação de sistema de inteligência e validadores para que os usuários possam pagar as passagens via cartões de débito ou PIX, Bilhete Único e vale-transporte; instalação de câmeras laterais externas, traseiras e para auxiliar o desembarque; instalação de cofres nos terminais rodoviários; e alteração da data-base para o mês de junho de cada ano.
“A mediação das negociações é feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), mas pedimos também às prefeituras de nossa base no Leste Fluminense e ao Estado, que também participem, afinal eles são o poder concedente para a exploração das linhas de ônibus. É uma questão muito séria, pois os rodoviários não aguentam mais o arrocho salarial a que foram submetidos desde o início da pandemia. As empresas fizeram seus ajustes e, agora, está na hora de olhar para os trabalhadores, que tiveram perdas salariais enormes”, explicou Rubens dos Santos Oliveira, presidente do afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac).