Enquanto não há vacina para o Covid-19 a população segue se adaptando ao ‘Novo Normal’. Mas, o que todos querem saber é até quando deixaremos os apertos de mão, abraços e beijos de lado?
A pergunta parece ter uma resposta unânime dos especialistas – até que pelo menos 60% da população seja vacinada. Beleza, tudo bem! Mas, outro questionamento vem logo em seguida – quando ela chegará por aqui?
O Brasil está atrasado nos projetos desenvolvidos para descoberta da vacina, mas negocia a produção. Há pelo menos seis vacinas no mundo que são promissoras e quatro delas podem começar suas produções ainda este ano.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os seis projetos da vacina já estão na primeira fase dos estudos clínicos com humanos, mas ainda há outras duas fases de estudos clínicos. Os resultados até o momento são promissores.
A empresa de biotecnologia americana Moderna informou que testou oito voluntários e estes desenvolveram defesas contra a Covid-19. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a empresa AstraZeneca, também realizou estudos onde apontou que a produção da vacina teria baixo custo. Outras empresas que seguem com testes são: Pfizer/BioNTech, CanSino, Johnson&Johnson e Sanofi/GSK.
Além da Moderna e AstraZeneca, Pfizer/BioNTech, CanSino podem começar a produzir suas vacinas ainda este ano. As outras empresas começariam a produção em meados de 2021.
Os próximos testes a serem realizados responderão se as pessoas vacinadas estarão mesmo protegidas, se idosos e crianças terão a mesma resposta com a vacina, se após vacinado a imunização é definitiva e quantas doses serão necessárias.
A partir destas respostas serão definidos os processos de produção da vacina.
Outras preocupações
De acordo com a diretora médica da Pfizer no Brasil, Dra. Márjori Dulcine, a descoberta de uma vacina contra a Covid-19 não é a solução definitiva para enfrentamento da doença pelo mundo, há pessoas que não conseguem desenvolver imunidade e a indústria farmacêutica avança em pesquisas de medicamentos.
“É preciso ter tratamentos eficazes porque a vacina não é 100% de garantia. Nenhuma vai ser. Não existe! Por característica, tem pessoas que não vão conseguir ter a imunidade a partir da vacina. Então, é importante que os tratamentos continuem sendo desenvolvidos”, alertou Dulcine, que trabalha na Pfizer há 11 anos e é mestre em medicina farmacêutica pelo Hibernia College de Dublin, na Irlanda.
Ela explica que o remédio também não poderá ser único. É preciso ter antiviral para combater o vírus na fase mais precoce da doença, quando a pessoa teve os primeiros sinais da doença; quando entra no hospital e para as pessoas que evoluem para formas mais graves.
Márjori contou que há várias empresas atuando na pesquisa dos antivirais e que algumas já terão drogas seguras para medicar os pacientes em 2021. “Estou bastante otimista que se todos trabalharmos juntos, Pfizer e outras empresas farmacêuticas, bem como academias, universidades, nós vamos chegar a antivirais muito rapidamente em 2021”, apostou.
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