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SG: dona de casa faz lago com água de vazamento em tubulação do século XIX

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Imagine a situação: por mais de 60 anos um vazamento em uma tubulação passa por dentro da sua residência e infiltra na sua casa. Como solucionar? A dona de casa Zilene Veloso decidiu fazer um lago, onde cria peixes e patos e, ao redor, uma criação de galinhas.

E se você, leitor, pensa que a história – que, por si só, já beira um roteiro de cinema – não pode ficar ainda mais incrível… Sim, ela fica. A água por onde a tubulação vazava tem data de 1897. Ou seja, final do Século XIX. Um desperdício de quatro milhões de litros de água por dia, que poderia abastecer 20 mil pessoas.

O desperdício de água, que acontecia no bairro do Mutondo, prejudicava o abastecimento diário em 15 bairros de São Gonçalo. “Esse vazamento existe desde quando meus avós ainda eram vivos. Há quatro anos tenho esse espaço com aves e peixes. Meu filho começou criando cavalo e depois meu neto trouxe outros animais”, contou a moradora.

O vazamento foi descoberto pela concessionária Águas do Rio, responsável pelo abastecimento na região. Outro desperdício, em uma tubulação de grande porte datada de 1914, também foi descoberto e está sendo reparado. A empresa também está regularizando o sistema na região, retirando uma série de ligações clandestinas.

Apesar do apego com os animais que vivem no lago, a moradora torce pela solução rápida do vazamento. “Todo ano a gente tem que pintar a casa por causa da infiltração, e o cheiro de mofo é muito forte. Eu e meu marido tentamos conter um pouco desse vazamento criando o lago, mas a situação vem piorando com o tempo. Tenho lugar para abrigar os meus bichinhos e não vejo a hora disso acabar”, disse Zilene.

O vazamento afeta moradores das ruas Frei Orlando, Lourival Rodrigues e Alberto Coupey, mas o impacto no abastecimento é sentido por quem vive nos 15 bairros do município abastecidos pelas adutoras. De acordo com Pedro Freitas, diretor da Águas do Rio na região, o caminho para chegar até a universalização do serviço de água passa pelo combate às perdas.

“Estamos avançando nesse sentido e, até o momento, encontramos sete grandes vazamentos. Hoje, São Gonçalo perde 70% da água tratada que recebe, o que significa que a cada 10 litros de água, 7 são jogados fora. Combatendo as perdas, seja na rede de distribuição ou nas ligações irregulares, teremos volume suficiente para fornecer água para 100% da população”, conclui Freitas.

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