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Sindicato dos rodoviários exige vacinação da categoria

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Foi enviado nesta terça-feira (26) pelo  Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) ao Ministério da Saúde, além das secretarias estadual do Rio de Janeiro e municipais da pasta, cobrando a vacinação da categoria, que foi incluída no grupo prioritário para imunização pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

O documento, encaminhado pela entidade classista, também exige a imediata apresentação do planejamento para a vacinação dos profissionais de transportes coletivos, como, por exemplo, o documento que deverá ser apresentado nos postos pelos trabalhadores.

Em outra ação, o Sintronac pediu ao Ministério Público intensa fiscalização nos locais onde as vacinas estão sendo aplicadas e estocadas nos municípios. A medida visa impedir que pessoas usem influência política para receber a imunização, em detrimento dos grupos prioritários.

Desde março de 2020, pelo menos 2 mil rodoviários, nos 13 municípios da área de atuação do sindicato, entraram em quarentena em algum momento, por suspeita ou contaminação da Covid-19. O Departamento Médico do Sintronac, também neste período, encaminhou para os serviços de saúde pública 516 profissionais com sintomas da doença. O sindicato teve conhecimento da morte de 36 motoristas, cobradores e despachantes de ônibus, desde o início da pandemia.

“O Ministério da Saúde incluiu os rodoviários no grupo prioritário para a vacinação, mas não estabeleceu o planejamento para essa ação, como fez, por exemplo, com os profissionais de saúde. Assim, não sabemos nem qual documento apresentar nos postos de saúde para receber a imunização e, o mais importante, em qual momento da campanha a categoria poderá se vacinar. É óbvio que a imunização dos rodoviários está condicionada à presença da vacina. Mas o planejamento para a medida ser efetivada precisa ao menos de um planejamento prévio. Estamos falando de, somente em nossa base, 18 mil profissionais, o que exige 36 mil doses de vacina contra a Covid-19”, avalia Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac.

Ainda nesta terça-feira, o aplicativo de transportes Moovit divulgou pesquisa revelando que a cidade do Rio de Janeiro “tem o terceiro maior tempo médio de viagem do mundo, com 67 min, e 11% dos passageiros cariocas gastam mais de 2h nos trajetos”. Esse tempo de viagem pode ser equiparado ao dos ônibus municipais e intermunicipais de municípios da Região Metropolitana, como São Gonçalo, Niterói, Maricá e Itaboraí, e da Região dos Lagos, que até superam essa marca. Consequentemente, motoristas ficam expostos por muito tempo à contaminação pelo coronavírus, pois transportam passageiros, que podem estar ou não portando a doença.

Em agosto do ano passado, quando a circulação de ônibus no estado do Rio já havia sofrido uma brusca queda por conta das medidas de isolamento social, foi feita uma testagem rápida entre os rodoviários para detecção da infecção pelo coronavírus. Entre os profissionais testados, 90,5% (33.186) apresentaram resultados negativos para a doença e a taxa de infectados foi de 8,6% (3.163). O restante, 0,9% (343), foi considerado inconclusivo. Além disso, 6,9% dos trabalhadores que disseram não apresentar sintomas da Covid-19 foram diagnosticados com a doença. Entre os que apresentavam sintomas, 22% testaram positivo.

O Rio de Janeiro tem, segundo dados da Fetranspor de 2020, 76.326 trabalhadores no sistema de ônibus, dos quais 44.834 são motoristas; 6.987 cobradores/bilheteiros; 5.078 despachantes/fiscais; 10.610 na área de manutenção; 6.402 na administrativa; e 2.415 de outros setores. Portanto, se aplicado no universo de rodoviários do estado o percentual de 8,6% de casos positivos comprovados pela testagem rápida, teremos uma média de 6,5 mil trabalhadores do setor infectados pela doença, só naquele mês de agosto de 2020.

“No início da pandemia alertamos que os ônibus são vetores potenciais da doença. Além disso, são essenciais para o transporte de outras categorias profissionais. Portanto, os rodoviários merecem mais respeito da parte do poder público”, conclui Rubens Oliveira.

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