Começou nesta sexta-feira (05) uma intervenção emergencial no Molhe do Recanto, em Itaipuaçu. Esse é um pedido de moradores e pescadores do local. A medida está sendo realizada por equipes e máquinas da Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar).
A intervenção prevê a retirada de pedras que fecha o encontro entre o mar e o Canal da Costa de Itaipuaçu. Essas pedras são do próprio molhe que, por estar inacabado, acabaram rolando para dentro do mar. Com isso, o calado no local ficou raso, o que leva muito perigo para os banhistas e pescadores que utilizam aquela saída.
O presidente da Somar, Renato Machado, acompanhou o início da intervenção. “Vamos fazer a retirada emergencial das pedras que tombaram, essa não é a retomada da obra. Essa é uma intervenção lenta, precisamos trabalhar com cuidado, retirando pedra a pedra”, explicou.
De acordo com Renato, inicialmente quatro escavadeiras atuarão no local retirando as pedras que estão no mar. Em um segundo momento, apenas duas serão necessárias para o serviço. A abertura do canal para passagem dos pescadores deverá ser feito em até três dias, enquanto a intervenção completa, com retirada de todas as pedras, deverá levar entre 15 e 20 dias.
Pescadores que utilizam o local para acessar o mar comemoraram o início da intervenção. “Com as retiradas das pedras da entrada do canal, os Pescadores irão voltar as suas atividades da pesca Artesanal, trazendo novamente seu sustento e de sua família sem correr riscos sofrer acidente e perder sua embarcação e seus apetrechos de Pesca. Irá impactar de forma positiva”, acredita Lidiane Freitas, da Colônia de Pescadores Z-7.
Presidente da Câmara de Maricá, o vereador Aldair de Linda também esteve no local para acompanhar o início da intervenção. Ele agradeceu ao Executivo pela medida e lembrou a importância que o local tem para os moradores de Itaipuaçu.
“Graças a Deus a licença para começar o trabalho foi concedida. O Recanto é uma praia frequentada pelos próprios moradores do município que preferem vir para cá por ser mais calmo. Os pescadores também entram no mar por aqui com a embarcação. É muito importante essa intervenção”, destacou Aldair.
Vale lembrar que, em setembro, um jovem morreu enquanto se banhava no local. Ao saltar de uma das pedras, ele bateu a cabeça em uma rocha que estava submersa. Com traumatismo craniano, ele não resistiu aos ferimentos. Em maio, pescadores fizeram uma manifestação tentando, até mesmo, retirar algumas pedras “no braço”, mas sem sucesso.