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STF decide que Royalties do Estado do Rio e municípios serão mantidos com cálculos atuais

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Após um conflito federativo de mais de 15 anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente deu ganho de causa aos estados do Rio de Janeiro e Bahia numa ação cível em que o Espírito Santo tentava redefinir as participações de royalties relativos à exploração de poços petrolíferos marítimos. O prazo do julgamento em plenário começou no último dia 15, com a apresentação do relatório da ministra Rosa Weber, e terminou às 23h59 desta sexta-feira, com os votos dos outros nove ministros já computados no sistema do STF.

Todos os ministros entenderam que não cabe o aumento da fatia ao Espírito Santo em detrimento dos outros dois estados interessados. A alegação do Estado do Espírito Santo era de que os limites territoriais da sua área de influência sobre a plataforma continental não tinham sido traçados de forma adequada pelo IBGE, que é o órgão responsável legalmente por fazer essa delimitações espaciais.

Segundo essa tese, teria ocorrido uma suposta omissão do instituto quando não considerou, como “ponto apropriado” para o cálculo, uma saliência na altura da Foz do Rio Doce (município capixaba de Linhares). A ministra Rosa Weber discordou, alegando que o IBGE tem “discricionariedade técnica, não cabendo ao Judiciário interferir nos critérios adotados”.

“Concluo pela improcedência dos pedidos (…) não houve vícios na realização da perícia”, afirmou Rosa Weber em sua decisão, referindo-se a uma perícia autorizada pelo Supremo Tribunal Federal no ano de 2011.

Não é por acaso que a ACO 834 (ação cível originária) tinha 16 municípios fluminenses como partes interessadas no processo, além de outras cidades baianas. A vitória representa, na prática, o fim de uma ameaça que poderia significar perdas nas arrecadações desses royalties superiores a 40% em alguns casos, de acordo com estimativas não oficiais de algumas prefeituras.

“Essa decisão é uma ótima notícia pra gente que está unido a favor da recuperação do interior e das finanças do nosso estado, às voltas tentando lidar com os efeitos da pandemia e de anos de abandono”, analisou a deputada federal e membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Clarissa Garotinho (PROS/RJ).

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