Foi negado mais uma vez pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-governador Luiz Fernando Pezão. Ele foi preso preventivamente desde 29 de novembro pela Operação Boca de Lobo, decorrente da Lava Jato no estado.
O próprio Moraes já havia negado uma liminar de liberdade em dezembro. Para o ministro, como já acabou o mandato de Pezão no fim do ano passado, e com o recebimento da denúncia contra ele, a competência para julgar uma eventual soltura do político cabe ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Vale lembrar que, à época, Pezão foi preso durante o exercício do cargo a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e com a autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a medida foi necessária para que fosse interrompida a prática criminosa.
Em janeiro, Bretas aceitou denúncia apresentada pela PGR e tornou Pezão e mais 14 pessoas rés por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a acusação, o ex-governador tomou parte em um esquema de desvios que remonta a 2007, no qual empresas repassavam 5% de propina em troca de contratos com o governo estadual.
Os advogados de Pezão sustentam que a prisão preventiva é ilegal e que ele sempre esteve à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
*com informações da Agência Brasil