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Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros preocupa entidades empresariais dos dois países

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O U.S. Chamber of Commerce e a Amcham Brasil divulgaram na terça-feira (15) uma nota conjunta criticando a proposta do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, com início previsto para 1º de agosto.

As entidades afirmam que a medida — classificada como uma resposta a questões políticas mais amplas — pode prejudicar uma das relações econômicas mais importantes dos EUA e criar um precedente perigoso.

Principais pontos do posicionamento

A tarifa pode encarecer produtos essenciais e impactar cadeias produtivas nos EUA, além de elevar custos para consumidores e reduzir a competitividade de setores estratégicos.

Mais de 6.500 pequenas empresas americanas dependem de produtos brasileiros, e 3.900 companhias dos EUA têm investimentos no Brasil.

O Brasil é um dos 10 principais destinos de exportações dos EUA, movimentando cerca de US$ 60 bilhões por ano em comércio bilateral.

As duas câmaras pedem que os governos de Brasil e EUA iniciem negociações de alto nível para evitar a tarifa e afirmam estar prontas para apoiar soluções pragmáticas e construtivas, que fortaleçam o comércio entre os dois países.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também defendeu que empresários americanos sejam interlocutores junto ao governo Biden para reverter a medida. A nota conjunta, originalmente publicada em 9 de julho, foi republicada após a repercussão das articulações entre o governo brasileiro e o setor privado.

“Uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias das Américas beneficia consumidores, sustenta empregos e promove prosperidade”, concluem as entidades.

Contexto
O tarifaço foi anunciado pela gestão do ex-presidente Donald Trump, que busca retomar influência política.

Autoridades brasileiras, incluindo os ministros Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, articulam estratégias para reverter a decisão antes de sua entrada em vigor.

A tensão tarifária reacende debates sobre o papel da diplomacia econômica e os riscos de politização das relações comerciais internacionais.

Inflação nos EUA acelera em junho e surpreende mercado

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), principal medida da inflação nos Estados Unidos, subiu 0,3% em junho, após uma alta de apenas 0,1% em maio, segundo dados divulgados nesta semana. Esse foi o maior avanço mensal desde janeiro, quando os preços haviam subido 0,5%.

O dado acende um alerta para os mercados e para o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que vinha indicando otimismo com a desaceleração da inflação ao longo do ano.

Mudança de tendência
A rede CNN (EUA) classificou o resultado como uma “reviravolta” no comportamento da inflação, que até então vinha se mantendo relativamente “mansa”, mesmo após o tarifaço implementado pela gestão republicana sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil.

A alta inesperada pode impactar os planos do Fed de cortar os juros nos próximos meses — algo que os mercados vinham esperando ainda para 2025.

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