Mais um caso de intolerância religiosa, desta vez, em Niterói. Um templo religioso, na Região Pendotiba, foi alvo de um incêndio nesta quarta-feira (08). A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Niterói vai levar o assunto para plenário na semana que vem, na volta do recesso parlamentar.
Uma mulher, com a identidade não revelada, foi presa por policiais da operação Segurança Presente. A suspeita foi levada para a 79ª DP, em Jurujuba.
A Operação Segurança Presente, responsável pela ocorrência, informou que não conseguiu identificar o seguimento religioso, mas informou que a acusada era frequentadora do local e que o motivo está em investigação na delegacia.
Segundo as imagens do local, o Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve as chamas. Grande parte do telhado, além de móveis foram destruídos pela chamas. As paredes também continham marcas de fogo.
Veja o vídeo:
A equipe do ErreJota Notícias entrou em contato com o vereador Leonardo Giordano (PC do B), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Niterói.
Giordano informou que todos os casos de Intolerância Religiosa são registradas em plenário na câmara. “Com frequência, estamos em parceria com a Prefeitura e trabalhando na legalização de templos religiosos, como os terreiros, por exemplo, que muita das vezes tem legalização e ficam a mercê de impostos”.
Magé: Monumento é alvo de pichação com símbolo nazista
Outro caso de intolerância aconteceu nessa semana em mais uma região do Rio de Janeiro. O busto que homenageia a líder quilombola Maria Conga, amanheceu pichado com uma suástica nazista no Píer da Piedade, em Magé, na última segunda-feira (06).
O monumento também teve a placa arrancada. A Prefeitura de Magé informou que irá instalar câmeras no local, além de restaurar a estatua. A Policia Civil foi acionada e vem analisando as câmeras de segurança da região para identificar o autor do crime.
Maria Conga foi uma princesa, filha do Rei de Congo, no século XVIII. Antes de completar dez anos, ela foi levada à força de sua terra natal junto com a família para ser escravizada na Bahia. Em Salvador, eles foram separados e vendidos.
Ela só conquistou a alforria aos 35 anos. Foi assim que ela se tornou líder quilombola. O espaço que ela utilizava para acolher pessoas escravizadas que conseguiam fugir de seus cativeiros existe até hoje em Magé. Maria Conga se tornou referência na luta por liberdade do povo preto e é considerada sagrada.
Na Umbanda, ela é cultuada em forma de preta velha, conhecida como Vovó Maria Conga. Em 2020, a história de Maria Conga foi contada no Carnaval da Marquês de Sapucaí, pela Acadêmicos da Rocinha.
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais