Uma traineira foi flagrada supostamente fazendo pescaria de arrastão em praia no bairro de Corderinho, em Maricá, próximo a beira da praia, na manhã dessa terça-feira (17). A gravação foi feita por um banhista e morador da região, que condenou a atividade.
A ação causa sérios danos para a vida marinha da região, para quem sobrevive da atividade e também para os próprios moradores.
A técnica é feito com uma longa rede que chega até o fundo do mar, buscando peixes de fundo e crustáceos. Como a rede puxa tudo no fundo do mar, na maioria das vezes espécies que não tem valor alto no mercado voltam ao mar, quase sempre mortas.
O ambientalista Gerhard Sardo explicou que existem duas opções de pesca: arrasto (ilegal) e cerco (legal). “A maioria dessas traineiras de pequeno/médio porte praticam pesca de cerco, dentro da Lei. Tem que se averiguar qual prática de pesca e o distanciamento da praia a embarcação se encontra para poder qualificar suas irregularidades. Temos uma imensa deficiência logística dos órgãos ambientais no combate a pesca predatória. A Capitania dos Portos, por exemplo, não exerce essa função, apenas da suporte ao Inea e ao CPAm. O Ibama, que deveria atuar, é omisso. Para solucionar essa questão cabe a criação de uma Guarda Costeira, o que não temos no Brasil”, pontuou.
A Lei de Crimes Ambientais, ordenamento jurídico que regula a prática, determina que esse tipo de pesca só é permitida em áreas que não sejam de preservação e com profundidade superior a 5 mil metros. Os crimes podem denunciados ao programa Linha Verde. Pode-se denunciar pelos telefones 2253-1177 / 0300 253 1177 (custo de ligação local) ou ainda pelo aplicativo de celular “Disque Denúncia RJ”.
A multa para quem pratica pode chegar de R$700 a R$100 mil.
