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UFF e Inmetro lançam sistema que recompensa motoristas por dirigir de forma eficiente

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Congestionamentos, poluição e transporte ineficiente fazem parte da rotina dos grandes centros urbanos no Brasil. Para enfrentar esses problemas, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Inmetro desenvolveram o MobiCrowd, uma plataforma que usa blockchain, inteligência artificial, redes 5G e crowdsourcing para repensar a mobilidade urbana.

A ideia é simples: motoristas que dirigirem de forma eficiente e sustentável podem ganhar recompensas financeiras ao compartilhar dados de direção, consumo de combustível e emissões. Esses dados, protegidos por criptografia e blockchain, ajudam também na formulação de políticas públicas, no planejamento urbano e em ações ambientais.

“O carro deixa de ser apenas um meio de transporte e passa a ser uma plataforma de geração de dados, capaz de criar modelos de negócio onde todos ganham”, explica Raphael Machado, professor da UFF e pesquisador do Inmetro que coordena o projeto.

Primeiros resultados

O MobiCrowd começou em 2021 e, na primeira fase, já criou o V2Lab – Laboratório de Tecnologias Veiculares, na Escola de Engenharia da UFF, em Niterói. O espaço conta com antenas 5G e infraestrutura de ponta para testes em tempo real.
Foram coletados mais de 200 gigabytes de dados de veículos reais, usados para treinar modelos de inteligência artificial que calculam emissões com alta precisão, inclusive em veículos elétricos.

Como funciona

O sistema atua em três frentes:

Coleta de dados: um dispositivo no carro e um aplicativo registram informações como velocidade, consumo, emissões, qualidade da pista e até parâmetros de saúde do motorista.

Plataforma em nuvem: processa e organiza os dados, em conformidade com a LGPD.

Monetização com blockchain: motoristas acumulam créditos digitais por boas práticas, como direção segura e economia de combustível, que podem ser convertidos em benefícios oferecidos por seguradoras, empresas ou órgãos públicos.

Próximos passos

Agora, o projeto entra em fase de validação comercial, com previsão de receber mais R$ 3 milhões em investimentos. A ideia é levar a tecnologia para o mundo real em parceria com seguradoras, locadoras, distribuidoras de combustível e órgãos públicos.

O sistema pode ser aplicado em qualquer cidade brasileira. “É uma base adaptável, não há restrições geográficas. Onde há veículos e conectividade, o MobiCrowd pode funcionar”, destaca Machado.

Impacto

Além de formar um time multidisciplinar com 11 pesquisadores de diferentes instituições e orientar 36 alunos de graduação e pós-graduação, o projeto já inspirou novas iniciativas, como a Descarbonize.AI, voltada à mobilidade limpa com participação de montadoras e universidades federais.

“Queremos enxergar o veículo como uma plataforma de dados capaz de gerar valor para todos: desde premiar bons motoristas até identificar buracos em rodovias ou calcular créditos de carbono”, conclui Machado.

Divulgação
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