O jornal Extra publicou nesta segunda-feira (08) a lista de deputados que requisitaram e utilizaram a verba extra de gabinete disponibilizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em abril desse ano. Os dados foram disponibilizados pela casa na última sexta-feira (05). Dos deputados de Maricá e Saquarema, apenas Rosângela Zeidan (PT) não utilizou os valores.
Segundo a petista, ela usa a estrutura que já está incluída em seu gabinete. “Uso o que é disponibilizado para todos os deputados e uso meu carro particular para me deslocar pelo Estado, nas audiências das CPIs que participo. Tenho percorrido todo o Estado como presidente da CPI da Enel e Light”, comentou nas redes sociais.
A cifra gira em torno de R$ 26.819 (vinte e seis mil, oitocentos e dezenove reais) mensais. A Alerj recebeu, como justificativas, que essas verbas foram usadas para alugueis de imóveis e de carros blindados, combustível, restaurantes, pedágios em vias expressas e contratação para disparos de mensagens por e-mail e celular.
Em nota, a assessoria de comunicação da Deputada Estadual Franciane Motta (MDB) informou que ela não solicitou verba extra, disse que “a Descentralização Orçamentária de Custeio Individualizado de Gabinete Parlamentar, instituída pelo Ato Nº 641/2019 da Mesa Diretora, tem como objetivo custear as despesas antes oferecidas pela própria Alerj. Foi disponibilizado para todos os deputados o valor de R$ 26,8 mil por mês para arcarem com aluguel de carro e pagamento de combustível, por exemplo”. Por fim, informou que a prestação de contas com todos os gastos da parlamentar está disponível no Portal da Transparência da Alerj.
O Deputado Estadual Filippe Poubel (PSL) é mais um que requisitou e utilizou os quase vinte e sete mil reais. Ao ErreJota Notícias, o deputado negou o que diz a matéria do jornal Extra e disse que a verba está sendo utilizada para suprir a falta do carro oficial, que foi devolvido e que era utilizado para uso no âmbito das atividades legislativas. “Solicitamos a locação de um veículo para suprir essa necessidade. Até o presente momento, essa foi a única despesa feita pelo nosso gabinete”, comentou, acrescentando que tal prática obedece os requisitos exigidos pelos órgãos de controle estadual e os princípios de isonomia e transparência.
Poubel disse, ainda, que deverá devolver parte do valor. “Aplicando boas práticas de gestão, e extrema responsabilidade com o dinheiro público, a nossa previsão é que ao final desse primeiro ciclo (6 meses), o nosso gabinete devolva aos cofres da Alerj mais de 70% da verba disponibilizada”, finalizou.