A Justiça decretou hoje (8) a prisão temporária do vereador do Rio de Janeiro, Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, suspeito da morte de seu enteado, o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, no dia 8 de março. Também teve a prisão decretada a mãe do menino e namorada do parlamentar, Monique Medeiros.
Os dois foram presos na manhã desta quinta-feira em uma casa em Bangu, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, e encaminhados para a delegacia de Polícia Civil da Barra da Tijuca.
A criança morreu no apartamento onde Jairinho e Monique moravam, na Barra da Tijuca, depois de passar um fim de semana com o pai, Leniel Borel. Inicialmente, o caso foi tratado como um acidente, como se o menino tivesse caído da cama, mas perícias médicas constataram que a vítima havia sido vítima de agressões.
Depois que a polícia começou a investigar se Henry foi vítima de violência doméstica, o casal criou um site, onde se diz inocente. Eles afirmam, ainda, que “a Justiça prevalecerá”.
Câmara de Vereadores do Rio
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, atenta à gravidade da prisão do Vereador Dr. Jairinho e, como já declarado, consternada com a morte do menino Henry, se reunirá hoje para debater a situação do parlamentar, com a responsabilidade que o caso exige.
Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige. Em razão da prisão, o vereador tem sua remuneração imediatamente suspensa e fica formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia, na forma do art. 14 do Regimento Interno.
Conselho de ética
O conselho de ética da câmara vai se reunir ainda hoje. Como Jairinho é membro do conselho, o suplente, Luiz Ramos Filho (PMN), será imediatamente convocado. Ele Confirmou que vai assumir a cadeira no conselho.
“Nunca poderia imaginar que assumiria numa situação desta. Fui eleito suplente do conselho de ética e vou cumprir o meu papel. O caso é extremamente grave e o concelho de ética da câmara precisa dar uma resposta imediata, Mas temos que agir com imparcialidade, com firmeza e amparados pela lei. Precisamos ouvir a procuradoria da casa para dar uma resposta à sociedade”, disse Luiz Ramos Filho.