A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tem um nome de peso, que fez história política em Niterói: Verônica Lima. Foi eleita com 55.738 votos sendo um marco nas votações de 2022.
Ela conversou com ErreJota Notícias e contou um pouco dos planos para o futuro e como pretende continuar com uma política limpa e íntegra na Região Metropolitana do Rio.
Você teve uma votação expressiva nessas eleições 2022, fruto do reconhecimento das pessoas em um trabalho que você iniciou há anos. Como fica a expectativa para o trabalho, que agora atravessou a ponte?
Acredito que tenha acontecido um enorme reconhecimento ao trabalho que nós desenvolvemos na cidade de Niterói ao longo de dois mandatos e meio. Foram mais de 40 leis aprovadas, importantes e que mudaram as vidas das pessoas para melhor. leis protetivas para as mulheres, como diretrizes para acolhimento para mulheres vítimas de violência. Isso gerou aluguel social de R$ 1.100. A luta pela reabertura do Restaurante Popular, a luta em defesa da política de transferência de renda e da Moeda Social Arariboia. A expectativa para o outro lado da Ponte, é de muito trabalho, de fiscalização e de formulação de políticas públicas que ajudem a mudar a vida das pessoas.
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Você pretende ‘ajudar’ Niterói e outros municípios da Região Metropolitana (como São Gonçalo e Maricá, por exemplo) agora que terá uma cadeira na Alerj?
Eu tive voto no Estado do Rio de Janeiro inteiro e sobretudo nas cidades do eixo da Região Metropolitana. Tive uma votação muito expressiva em Niterói e São Gonçalo. Evidente, quero e vou defender todo o Estado do Rio de Janeiro, mas vamos ter um olhar atento aos municípios e regiões onde nós fomos mais bem votados. Temos algumas demandas específicas, por exemplo, a defesa de uma estação de Barcas em São Gonçalo. Tem um impacto enorme o sistema viário entre as duas cidades e tem um trânsito caótico. As pessoas pagam mais caro pelo deslocamento até a Barca de Niterói e demora um tempo muito maior. Precisamos economizar o tempo das pessoas e seus recursos e garantir uma melhor qualidade de vida. Esse é o exemplo de uma luta que vamos encampar na Alerj. Assim como uma transparência. Precisamos entender por que uma tarifa tão cara. Uma segunda luta, por exemplo, é a defesa da retomada dos empregos na indústria naval que é importante para cidades como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.
Qual a linha de atuação do seu mandato? O que pretende fazer? Tem alguma prioridade?
Fiscalizar as ações do Executivo e buscar reproduzir as Leis e lutas que travamos no nosso mandato. A luta pela política de transferência de renda para quem mais precisa, a luta em defesa da retomada dos empregos e combater todo e qualquer tipo de opressão contra as mulheres, contra os LGBTQIA+ e contra a nossa juventude negra e periférica.
Essa representatividade é uma luta sua desde quando era vereadora em Niterói e sofreu ataques em plenário. Qual a importância das mulheres em espaços de poder?
Eu posso dizer que fui vítima de violência política no exercício do meu mandato parlamentar. A nossa representatividade não corresponde aquilo que nós somos na sociedade brasileira. Nós mulheres somos a maioria na sociedade brasileira e isso não reflete nos espaços de poder. É muito importante para defender políticas públicas efetivas, para as mulheres e toda a sociedade. Estou indo para a Assembleia Legislativa onde nós mulheres somos minoria ainda, e nós mulheres negras seguimos sendo minoria nos espaços de poder e estamos no topo das desigualdades no Brasil e no mundo. Travei lutas importantes na cidade de Niterói em defesa da participação das mulheres em todos os espaços de poder e dimensões da sociedade.
