Duas embarcações que fazem travessias entre Ilha do Governador, Praça XV e Niterói foram interditadas nesta terça-feira (14) após vistoria conjunta da Marinha, Setrans e Alerj. As barcas Gávea 1 e Corcovado apresentavam vazamento de óleo e condições mínimas de operação comprometidas.
A fiscalização identificou problemas como falta de manutenção, sucateamento das embarcações, banheiros em más condições, coletes salva-vidas mofados e bebedouros sem água. Apenas três das cinco embarcações avaliadas têm ar-condicionado, mas com capacidade insuficiente nos horários de pico.
Também foi constatada falta de acessibilidade, superlotação frequente, ausência de primeiros socorros a bordo e horários reduzidos para moradores da Ilha do Governador. O deputado Marcelo Dino, que acompanhou a vistoria, criticou o serviço como “precário, inseguro e desumano”.
O parlamentar anunciou novas vistorias, pedido de auditoria financeira da concessionária Barcas Rio e estudo técnico para ampliar horários. Atualmente, a empresa recebe cerca de R$ 2 milhões mensais da Prefeitura do Rio para operar a linha Praça XV–Niterói.
Problemas solucionados
Em nota, a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (Setram), informou que as duas embarcações do Consórcio Barcas Rio voltaram à operação, ainda na tarde de desta terça-feira, após a realização de pequenos reparos e a liberação pela Marinha e que não houve impacto na circulação, com as viagens ocorrendo dentro do horário previsto.
A secretaria afirmou ainda que nos oito meses de serviço do novo operador, seis embarcações – das 16 em operação, já passaram por reparos de manutenção e que melhorias estão sendo realizadas dentro de um planejamento. E que junto a Barcas Rio, eles reforçam o compromisso com a segurança dos cerca de 58 mil passageiros que usam o sistema diariamente e que são realizadas manutenções corretivas e preventivas nas estruturas do sistema aquaviário, para dar mais conforto e eficiência aos deslocamentos aquaviários.
