Uma pesquisa do Instituto DataFolha aponta que grande parte dos brasileiros não querem o retorno das aulas agora e acreditam que a volta pode contribuir com o aumento de casos confirmados do novo Coronavírus. A pesquisa aponta, ainda, que nenhum dos segmentos ouvidos aponta preferência pelo retorno presencial das aulas.
79% dos ouvidos acreditam que as escolas devem permanecer fechadas por, pelo menos, dois meses. Apenas 19% acreditam que as unidades de ensino devem reabrir, enquanto 1% não sabe ou não quis opinar. 82% das mulheres; 80% dos que ganham até 5 salários mínimos; 85% das donas de casa; 85% dos que estão totalmente isolados; 81% dos que pretendem se vacinar; 82% dos que não usam máscara; e 89% dos que reprovam o governo de Jair Bolsonaro são favoráveis à manutenção do fechamento.
Já os que acreditam que as unidades devem reabrir são 22% dos homens; 23% dos quem ganham mais de 10 salários mínimos; 32% dos assalariados sem registro; 38% dos que não estão em isolamento e vivem normalmente; 30% dos que não pretendem se vacinar; 37% dos que usam máscara só de vez em quando; e 29% dos que aprovam o governo de Jair Bolsonaro.
59% dos ouvidos acreditam que a reabertura das escolas vai agravar muito a pandemia, enquanto 20% acreditam que o retorno às aulas presenciais vai agravar pouco. 18% acham que o retorno não impactará nos números, enquanto 3% não sabe ou não quis opinar.
Planejamento – Redes municipal e estadual de ensino já estão preparando protocolos para quando for seguro retomar as atividades em sala de aula. Em Maricá, a Secretaria de Educação elaborou procedimentos a serem seguidos pelas escolas do município.
“Nosso objetivo é fazer com que as instituições de ensino realizem seu planejamento e tomem as providências necessárias para o retorno dos estudantes e profissionais às salas de aula. É importante destacar que cada unidade escolar estabelecerá, caso necessário, normas complementares, desde que sigam as orientações gerais da Secretaria de Educação”, explicou a secretária da pasta, Adriana Costa.
No protocolo montado, estão regras sobre limpeza e desinfecção das instalações, dimensionamento dos ambientes e medidas para a entrada e saída de alunos, além de regras detalhadas sobre manejo de alimentos. “Importante destacar ainda que protocolo determina que os pais sejam consultados. Pais que não quiserem que filhos retornem às aulas presenciais podem continuar exclusivamente no ensino remoto. A vontade das famílias será respeitada”, ressaltou Rodrigo Moura, subsecretário de ensino.
Já na rede estadual de ensino, a volta deverá acontecer de forma gradativa, selecionada, facultativa e regionalizada, como informou o secretário de Estado de Educação Pedro Fernandes no final da noite desta terça (clique aqui e leia mais). Na rede estadual de ensino, também não ha data marcada para retorno
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 12 de agosto e ouviu 2.065 brasileiros adultos em todos os estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.