A cantora e compositora, Maria Cristina Buarque de holanda, morreu neste domingo (20), aos 74 anos. A artista, que vivia na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, lutava contra um câncer, mas a causa da morta não foi divulgada pela família. A informação de sua partida foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Além de cantar e compor, outra paixão de Cristina era o samba, ela inclusive era integrante de uma roda de samba. A paixão por música é herança de familia, e a dela era uma família muito talentosa e importante para nossa cultura, ela era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.
Seu irmão, Chico também prestou uma homenagem a artista através de suas redes sociais. Ele publicou um vídeo de 1968 em que ele aparece ao lado da irmã cantando “Sem Fantasia”. “Cristina”, escreveu o artista. A filha dele, a atriz Silvia Buarque, também lamentou a morte. “Para sempre comigo”.
Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de “Quantas lágrimas”, composição do sambista Manacéa.
Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente “Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia”, de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.
Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de “chefia” nas rodas de samba cariocas.