O crime contra a natureza não para; na manhã desta sexta-feira (31), mais traineiras foram vistas na Orla de Itaipuaçu. As atividades acontecem um dia após embarcações serem flagradas por um drone da SOMAR – Serviços de Obras de Maricá. Na última quarta-feira (29), a Marinha do Brasil realizou uma operação contra a prática em Ponta Negra.
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Os barcos puderam ser vistas bem próximas à areia. A utilização de redes de arrasto, nesse ponto do mar, é ilegal; a Lei de Crimes Ambientais, ordenamento jurídico que regula a prática, determina que esse tipo de pesca só é permitida em áreas que não sejam de preservação e com profundidade superior a 5 mil metros.
“Essas embarcações não respeitam o limite mínimo para a utilização de suas redes e isso prejudica muito a nossa vida marinha, não apenas os peixes, mas tartarugas, a fauna e tudo mais que as redes encontram pela frente”, afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca Julio Carolino.
Sanções são previstas para quem é visto realizando esse tipo de prática; a pena é de um a três anos de prisão, além de apreensão das redes. Caso o pescador seja registrado profissionalmente, ele também recebe multa e suspensão do direito de trabalhar entre 30 a 90 dias. Já se for uma empresa a praticante do crime ambiental, receberá multa e suspensão das atividades por 30 a 60 dias. No caso de pesca predatória amadora, o flagrado receberá multa e perderá os instrumentos e equipamentos.