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Novo PAC garante investimentos em tecnologias e previsão do tempo

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Não apenas construção de hospitais, escolas, creches e obras de infraestrutura em comunidades estão dentro do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 11, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio. O novo PAC garante investimentos também em tecnologia, rodovias e até previsão do tempo.

Na parte de tecnologia, o programa pretende aumentar a abrangência, a qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa no país. Vai interiorizar o Sistema RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, além de interligar todas as unidades da federação.

Outro objetivo é desenvolver as infovias estaduais, infraestrutura óptica de rede de comunicação que atende às organizações usuárias do Sistema RNP, como rede de educação e pesquisa, e também é compartilhada com o Estado para seu uso próprio, como rede governamental. Outro propósito é fortalecer a rede de e-ciência, uma rede segura de alto desempenho que se assemelha a uma autobahn segura para e-ciência.

O novo PAC também incluiu aquisição de equipamentos mais modernos para ajudar no monitoramento do clima e alertas emitidos pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais (Cenaden), vinculado ao MCTI. Desde 2011, o Cemaden monitora, emite alertas e pesquisas na área geo-hidrometeorológicas, como ocorrências de deslizamento de encostas, enxurradas, inundações e secas, em mais de 1,8 mil municípios brasileiros, prevenindo sobre desastres naturais.

O MCTI vai investir R$ 7,89 bilhões em seis programas estratégicos para impulsionar a ciência, no novo “PAC Desenvolvimento e Sustentabilidade” entre 2023 e 2026. Os programas abrangem recuperação e expansão da infraestrutra de pesquisa científica e tecnológica em universidades e institutos de ciência e tecnologia, incluindo o aumento da conectividade para educação e pesquisa, passando pela segunda fase do programa Sirius e a implantação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que dará autonomia ao país na produção de fármacos para tratamento do câncer.

No total, o PAC vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil. “O PAC (busca) colocar toda a capacidade do Estado a serviço dos sonhos da população brasileira, unir setores da economia e da sociedade. Muito mais do que uma carteira de investimentos, é um compromisso coletivo, nascido de muita conversa para que os projetos reflitam os anseios de cada região do nosso país”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

NB4

O Brasil será o primeiro país da América Latina a ter um laboratório de máxima contenção biológica, conhecido como NB4, e o primeiro do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron. Terá condições para lidar com patógenos que podem causar doenças graves. O novo laboratório de biossegurança será implantado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que desenvolveu e opera uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sirius. O complexo laboratorial de 20 mil metros quadrados receberá R$ 1 bilhão até 2026.

Sirius

Maior e mais complexa infraestrutura científica do país, receberá R$ 800 milhões até 2026. O Sirius utiliza aceleradores de elétrons para produzir um tipo especial de luz, chamada de luz síncrotron. Essa luz é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento. O Sirius foi projetado para receber até 38 linhas de luz, dedicadas a diferentes técnicas e aplicações. Dessas, três estações de pesquisa serão conectadas ao complexo laboratorial Orion. Com os novos investimentos, o Sirius entrará em uma segunda fase, o que inclui o projeto e a construção de dez novas estações de pesquisa.

RMB – Outro projeto do MCTI incluído no Novo PAC é o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Com investimentos previstos no valor de R$ 1 bilhão até 2026, o RMB será o mais importante centro de pesquisa brasileiro para aplicações da tecnologia nuclear em benefício da sociedade nas áreas de medicina e da indústria; de energia, envolvendo materiais e combustíveis nucleares para reatores de potência; agricultura e meio ambiente. Na saúde, o RMB vai viabilizar a autonomia brasileira na produção de radioisótopos, que são usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer.

Pró-Infra

Trata-se de um programa de recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica para criar as condições para que o Brasil desenvolva projetos de ponta. O foco é apoiar programas estratégicos nacionais e o desenvolvimento industrial em áreas prioritárias. O investimento estimado é de R$ 4,4 bilhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) entre 2023 e 2026.

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