O ministro Alexandre de Moraes determinou a “desocupação e a dispensa total” dos grupos instalados nas “imediações dos Quartéis Gerais” até em 24 horas.
A decisão surgiu após os atos antidemocráticos do último domingo (08). Até o momento, cerca de 291 pessoas foram presas, incluindo três adolescentes. A lista total de prisões está sendo atualizada, tendo em vista os mais de 1.200 manifestantes golpistas detidos esta manhã e encaminhados para triagem policial.
No Rio, bolsonaristas desmontaram seus acampamentos na frente do prédio do Comando Militar do Leste (CML), na Praça Duque de Caxias, Central do Brasil. Durante a saída, um fotografo da Folha de São Paulo foi agredido e impedido de trabalhar. Não houve confronto com os agentes de segurança.
Ainda nesta segunda-feira (09), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou que além das investigações em andamento, a pasta criou o e-mail denuncia@mj.gov.br para receber informações sobre “atentados terroristas” ocorridos nesse domingo (8) em Brasília.
Além disso, a Polícia Federal informou nesta segunda-feira que criou o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber informações sobre os atos de terrorismo do último domingo.
Nas redes sociais, os internautas encontraram perfis que mostram os vândalos no ato de ontem. O objetivo era denunciar quem estava por trás do manifesto antidemocrático.
Em nota, a União Brasileira de Mulheres (UBM) repudiou os atos de ontem e afirmou que o Brasil vive um caos desde o fim do segundo turno das eleições 2022 com a contenção e a interdição dos facistas.
O movimento ainda exige a apuração e punição de todos que participaram direta ou indiretamente dessas ações terroristas. “Sem anistia para quem ataca a democracia”, conclui
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais
