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História: há 260 anos, o Rio de Janeiro se tornava a capital do Brasil

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Em 27 de janeiro de 1763, há 260 anos, a coroa portuguesa eleva suas terras da América do Sul ao status de Vice-Reino do Brasil, e leva a capital da então colônia do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.

Segundo a reportagem da BBC News Brasil, a mudança ocorreu devido ao deslocamento do eixo econômico do país na época, mas havia também o interesse da corte portuguesa de controlar melhor a região sul de suas terras sul-americanas, pois havia o temor de perda de espaço da América Espanhola, atual Argentina.

“Muitas interpretações reforçam que a transferência da capital foi feita para fortalecer duas questões: em primeiro lugar, o controle da saída de metais e pedras preciosas. Outro aspecto importante é associado ao interesse maior do governo português em controlar as relações com a região do Prata, Buenos Aires e Sacramento”, diz o historiador Paulo César Garcez Marins, professor no Museu Paulista da USP.

“A transferência não visava a proteger ‘o porto do ouro’, como algumas pessoas já disseram, mas sim fortalecer um controle do fluxo em um momento de decadência, mas ainda com alto fluxo do distrito diamantino, ou seja, das pedras preciosas, sobretudo o diamante, que este sim estava no auge”, ressalta o historiador.

Por que o Rio de Janeiro?

Outro ponto que é levado em conta é “Vinha também do Rio de Janeiro ter centralidade no abastecimento de algo de relevância fundamental à época: o braço escravo africano. A cidade ocupava um papel relevante no tráfico negreiro”, ressalta o historiador, e professor da UFMG, Luiz Carlos Villalta.

A beleza, além da qualidade portuária da cidade também podem ter sido motivos para a decisão. Villalta ressalta que, segundo um documento escrito pelo português Luis da Cunha (1662 – 1749), Luis defendia a transferência da família real para o Rio de Janeiro, e ressaltava qualidades e relevâncias das terras sul-americanas.

Retrato de Dom José 1°, monarca do país ente os anos de 1750 e 1777 responsável pela mudança da capital. Retrato de Miguel António do Amaral (1773)

O desenvolvimento do Rio de Janeiro

Com a chegada da família Real portuguesa em 1808, ancorado por dom João VI em meio às invasões de Napoleão Bonaparte na Europa, o Rio de Janeiro foi modificado nos moldes da visão portuguesa.

Historiadores dizem que houve um “embelezamento da cidade” quando o vice-rei de Portugal chega ao Rio. Construção de igrejas. chafarizes, locais de passeio, além de ganhar fortificação militar na cidade.

Brasília, a nova capital

A mudança de capital do Rio de Janeiro para Brasília, atual capital do país, se deu por ser uma cidade, até então de interior, por conta da segurança nacional. Acreditava-se que, com a capital no litoral, estaria vulnerável a ataques estrangeiros.

A interiorização seria uma forma de amenizar o aumento de moradores próxima à capital, e também forçar deslocamento de contingente populacional, e também a abertura de rodovias ligando Brasília à outras regiões do Brasil.

O Rio de Janeiro deixou de ser a capital em 21 de abril de 1960, em uma transferência simbólica realizada pelo então presidente do país, Juscelino Kubitschek. Os portões do Palácio do Catete foram solenemente fechadas, e a multidão que acompanhava reagiu com apalusos.

Fonte: BBC News Brasil

*estagiário sob a supervisão de Lucas Nunes

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