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Niterói: movimentos sociais participam de protesto em apoio à vereadora Verônica Lima

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A Câmara Municipal de Niterói recebe, no fim da tarde desta quinta (8), um protesto em apoio à vereadora Verônica Lima (PT), vítima de lesbofobia cometida pelo também vereador niteroiense Paulo Eduardo Gomes (PSOL). O ato, que conta com a presença de outros parlamentares, foi encabeçado por movimentos sociais.

Participam do protesto o movimento “Mães Pela Diversidade” e os vereadores Binho Guimarães (líder do PDT na Câmara), Renato Cariello (1° vice-presidente da casa, PDT), Jhonatan Anjos (PDT), Benny Brioly (PSOL), Walkiria Nictheroy (PCdoB), além da própria Verônica.

Benny, que é negra e transexual, pediu desculpas à colega em nome de seu partido. De acordo com a parlamentar, o PSOL repudia a atitude de Paulo Eduardo Gomes, que é vereador da legenda.

“As providencias efetivas são necessárias para que medidas sejam cumpridas e para que a vereadora Verônica e qualquer outra parlamentar dessa casa não seja mais vítima de lesbofobia vinda do nosso partido. Me perdoe em nome do PSOL”, disse Benny.

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Os vereadores anunciaram que irão apresentar requerimento para a exclusão de Paulo Eduardo Gomes da Comissão de Ética da casa.

Mais apoios – Outros nomes do meio político manifestaram apoio à Verônica Lima nas redes sociais. A vereadora de São Gonçalo Priscilla Canedo (PT) transmitiu apoio e solidariedade à parlamentar niteroiense.

“Repudio todo e qualquer ato preconceituoso. Não podemos aceitar que situações como esta continuem acontecendo. Não ao preconceito! Não ao racismo! Não ao machismo! Não à violência! O respeito é o princípio de tudo!”, publicou Priscilla nas redes sociais.

A deputada estadual Zeidan (PT) chamou Paulo Eduardo de “machista” e repudiou o comportamento do vereador. “Além de agir de forma machista, o vereador praticou lesbofobia, crime previsto pelo STF desde 2019. Mulheres na política não podem ser discriminadas e ofendidas, fomos eleitas pelo povo e temos que ser respeitadas. Verônica Lima é uma grande vereadora, por quem tenho imensa admiração e a ela envio minha solidariedade nesse momento, ao mesmo tempo que repudio o comportamento do vereador agressor”, afirmou.

Em nota conjunta, o presidente estadual do PT, João Maurício de Freitas, e a secretária de Mulheres do PT-RJ, repudiaram a postura do vereador e exigiram retratação. “A violência política, na maioria dos casos, não se expressa em forma de violência física, mas em forma de ameaças, intimidação psicológica, humilhações e ofensas. Inclusive nesse caso a agressão física só não aconteceu porque outras pessoas afastaram o vereador. O papel social imposto historicamente às mulheres é utilizado como forma de ataque ou intimidação, claramente caracterizado na frase proferida: ‘você quer ser homem?'”, diz trecho da nota.

“A violência contra a mulher deve ser combatida em todos os espaços, sobretudo nas Câmaras de Vereadores e Vereadoras, a casa do povo, que elabora leis para que a população tenham seus direitos assegurados, inclusive, o direito de viver livre da violência. A violência política de gênero enfraquece a democracia e nós não vamos mais empurrar pra debaixo do tapete. O lugar de mulher, negra e lésbica é em todo lugar, sobretudo nos espaços de poder e decisão da cidade”, conclui o texto.

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