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Pesquisa revela aumento na aprovação de Lula após embate contra Trump

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Após registrar uma queda considerável de aprovação do seu governo nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu reveverter um pouco esse desgaste popular. Segundo pesquisa mais recente da Genial/Quaest, realizada entre 10 e 14 de julho, revela quema desaprovação da gestão do petista caiu de 57% para 53%, enquanto a aprovação subiu de 40% para 43%.

A pesquisa foi divulgada originalmente pela Genial/Quaest e passa a ser mensal a partir desta edição. O levantamento ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

A melhora mais significativa na percepção sobre o governo aconteceu entre segmentos tradicionalmente menos alinhados ao presidente, como pessoas com ensino superior completo, moradores do Sudeste, trabalhadores com renda entre dois e cinco salários mínimos e não beneficiários do Bolsa Família.

Gestão do governo e economia

O número de brasileiros que avaliam negativamente o governo Lula caiu de 43% para 40%, enquanto a avaliação positiva oscilou de 26% para 28%. Já a percepção de que a economia piorou nos últimos 12 meses também recuou, de 56% para 46%. Ainda assim, o otimismo é limitado: apenas 21% avaliam que houve melhora econômica, e 43% acreditam que a situação tende a piorar no próximo ano — um aumento de 13 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

A inflação continua sendo motivo de apreensão. A percepção de alta nos preços dos alimentos atingiu 76%, pouco abaixo dos 79% registrados anteriormente. Já o custo da gasolina subiu na percepção da população, de 54% para 56%, enquanto a sensação de aumento nas contas de água e luz passou de 60% para 62%.

O poder de compra foi considerado menor do que há um ano por 80% dos entrevistados. O mercado de trabalho também preocupa: 56% afirmaram que está mais difícil conseguir emprego do que em julho de 2024.

Tarifas de Trump

A postura de Trump em relação ao Brasil provocou forte rejeição entre os brasileiros. Para 72%, o republicano está errado ao impor tarifas ao país, principalmente por acreditar que o gesto se trata de retaliação por uma suposta perseguição judicial contra Jair Bolsonaro. Além disso, 57% consideram que Trump não tem o direito de criticar o processo judicial em que o ex-presidente é réu.

Entre os que opinaram sobre as consequências diretas das tarifas, 79% disseram acreditar que o tarifaço norte-americano vai prejudicar sua vida. Quanto à reação de Lula, 53% disseram que ele agiu corretamente ao responder com medidas de reciprocidade, enquanto 39% consideraram a resposta inadequada.

A pesquisa também revela que o tema extrapola a divisão partidária. Para 84% dos entrevistados, governo e oposição deveriam se unir em defesa do Brasil frente à ofensiva comercial de Trump.

Relação com o Congresso e propostas tributárias

A maioria dos entrevistados (79%) vê o atual conflito entre o Executivo e o Congresso como mais prejudicial do que benéfico para o país. Nesse contexto, 59% apoiam que o presidente Lula aceite a proposta de conciliação sugerida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Sobre tributação, 63% dos brasileiros defendem o aumento de impostos para os mais ricos, enquanto 33% se opõem à medida. No entanto, o discurso de confronto de classes ainda divide opiniões: 53% rejeitam a retórica que opõe ricos e pobres por considerá-la polarizadora, enquanto 38% acham que ela é válida por expor privilégios.

Principais preocupações da população

A violência permanece como a principal preocupação nacional, apontada por 25% dos entrevistados, seguida por questões sociais, com 20%. Esses índices se mantêm próximos aos da pesquisa anterior, demonstrando estabilidade nas prioridades do eleitorado.

O cenário geral indica que, apesar de desafios persistentes na economia e no custo de vida, a crise diplomática com os Estados Unidos acabou funcionando como catalisador de apoio ao governo Lula, especialmente entre setores mais críticos e exigentes do eleitorado.

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