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Vereadores de São Gonçalo pedem exoneração de Secretário após caso com criança no município

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Os vereadores de São Gonçalo Glauber Poubel (PROS) e Romário Regis (PDT) pediram durante uma sessão que aconteceu na Câmara Municipal nesta quinta-feira (15) a exoneração do Secretário de Saúde, Dr. Gleison Rocha da Silva, após o caso da criança de 2 anos, que teve o seu dedinho amputado após um erro médico.

Os vereadores – cada um no seu tempo de fala – acusaram o Secretário de Saúde de São Gonçalo de “sumir nos momentos em que ele deveria aparecer”. Segundo o vereador Glauber Poubel, o Secretário de Saúde, Gleison Rocha, ‘passeava no shopping’ mesmo com a situação que acontecia na cidade.

“Eu encontrei o Gleison (Secretário de Saúde) no Shopping Partage, passeando, como se nada acontecesse naquele momento. Estamos vendo o erro dele e não é de agora. O secretário some quando há casos desse nível no município. Isso fica feio para a nossa cidade! Esse Secretário passou de todos os limites, pois são muitas negligências no nosso município e nada é feito por parte dele. Não podemos tolerar uma atitude dessa”, disse o vereador.

Vereador Glauber Poubel. Foto/Divulgação- Prefeitura de São Gonçalo

O vereador comentou que está prestando toda a solidariedade a família e auxiliando-os, pois eles não sabem o que fazer no momento.

“Não estou falando como oposição, estou falando como pai de uma menina e solidarizando com uma família. Ninguém quer ter um filho prejudicado por conta de negligência médica. A criança foi para lá devido a uma picada de mosquito e saiu de lá sem o dedo. E o trauma desta criança ? Não jogarei essa sujeira para baixo do tapete. Estarei aqui reivindicando os direitos da família e farei o máximo para ajudá-los, pois é muito triste. Falo com pai de família, não como vereador, explicou Glauber Poubel.

Já o vereador Romário Regis disse que é inaceitável que ninguém por parte da saúde se prontifique sobre o caso.

“É muito grave que um Secretário não fale nada após um erro médico desse. Não são casos isolados que acontecem no município. Uma pessoa que não consegue atendimento vira caso isolado, morte por leptospirose no Pronto Socorro vira caso isolado e agora a amputação de parte do dedo de uma criança também se tornará um caso isolado ? O Secretário não vem a público prestar declarações sobre nada! O Gleison trata a saúde como se fosse um açougue. Já faltam remédios, médicos e falta infraestrutura nos hospitais, e agora, uma criança que vai para ser atendida por uma inflamação perde o dedo e o Secretário some”, disse o vereador Romário Regis.

Vereador Romário Regis. Foto- Arquivo Pessoal (Redes Sociais)

Até o momento o Secretário de Saúde não apareceu para dar sua palavra sobre o caso. Ele já foi diretor do Pronto Socorro de São Gonçalo e substituiu o André Vargas, que pediu exoneração após o caso de suposta corrupção na sua gestão.

O vereador Glauber Poubel disse que o caso o Secretário não fale e a Prefeitura de São Gonçalo ‘não haja corretamente’ perante a situação, ele irá em cima de um trio elétrico na porta da Prefeitura, do Pronto Socorro e da Câmara, alertando a população sobre o suposto descaso na saúde.

Seu ato foi apoiado pelo vereador Romário Regis, que disse que também estará no trio elétrico mostrando sua indignação sobre a situação ocorrida no município. O ato prometido acontecerá na segunda-feira (20) nas ruas do centro município.

Nós demandamos a Prefeitura de São Gonçalo sobre a situação do Secretário de Saúde. A Prefeitura lamentou profundamente o acidente ocorrido com a paciente e esclarecem que, desde então, vêm prestando todo o suporte necessário, através de equipe multidisciplinar, avaliação médica diária e avaliação de especialistas como cirurgião, cirurgião pediátrico, ortopedista e cirurgião plástico.

Todos já avaliaram a paciente e relataram, através do preenchimento do parecer, que não há perda funcional. A funcionária, concursada há mais de 20 anos, que estava retornando de suas férias, e mesmo com bom histórico trabalhista, foi imediatamente afastada de suas atividades até o findar da sindicância que foi aberta para apurar os fatos.

*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*

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