“Em São Gonçalo a pessoa perde um dedo e ganha uma consulta”. Esse foi o depoimento indignado da cuidadora Adriana lemos, avó da pequena Lara que teve parte do dedo amputado no Pronto Socorro Infantil (PSI) em São Gonçalo. A tragédia aconteceu no dia 16/03, e nove dias depois, na quinta-feira (23/03), a criança teve alta. A equipe da secretaria de saúde do município prometeu facilitar as consultas para a menina.
Lara deu entrada na unidade de saúde com uma picada de inseto inflamada na testa e na quinta-feira teve alta do hospital sem parte de um dedo. “Minha neta teve alta e a equipe da prefeitura me garantiu que ela terá atendimento médico, facilidade na consulta e quando ficar maior também poderá fazer cirurgia plástica. Eu fico me perguntando: então a pessoa precisa perder um dedo para ganhar uma consulta de graça?”, indagou Adriana.
A cuidadora de idosos ainda explicou que uma enfermeira ficou de ir na casa da família fazer os curativos no dedo de Lara. “Ela está sem ponto, mas o machucado ainda está inflamado. O médico nos disse que não cicatrizou por completo por dentro”, completou.
Na quarta-feira (22/03) os pais da prestaram depoimento na 72ª DP (Mutuá), que investiga o caso. Segundo relatos, uma técnica em enfermagem foi tirar o acesso de medicação venosa, que estava enrolado com uma atadura, e a tesoura acabou cortando parte do dedo da criança.