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Feirarte pode se tornar um corredor cultural

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Até o próximo dia 26 de maio, sempre das 10h até 17h, de quarta-feira à sábado, quem passar pela Praça Conselheiro Macedo Soares (Praça do Turismo), no Centro de Maricá, poderá conferir a 1ª Feira de Artes Manuais (Feirarte).

O evento que é organizado pela Secretaria de Turismo e reúne artesãos e produtores do município que oferecem desde trabalhos em patchwork, trabalhos em macramê, crochê, arte em madeira, mandalas, móbiles de conchinhas, tapeçaria, Biscuit, artigos para bebês, bonecas de pano, mel, bijuterias, porta jóias e artesanato em feltro.

De acordo com o secretário de Turismo, Robson Dutra, a ideia é fortalecer mais conforto e segurança aos artesãos da cidade.

“Estamos com esse espaço, mas ainda em adaptação. Vamos realizar melhorias para poder dar mais condição de trabalho a eles. Queremos transformar esse local em um corredor cultural, onde as pessoas possam identificar o espaço como ponto da feira”, contou o secretário.

O vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan, destaca a importância da feira para o retorno das atividades econômicas.

“A Feira é uma das principais experiencias da cidade, relacionadas as ações do governo para geração de renda e também para divulgar o artesanato da cidade. Essa edição é importante para retomada do novo normal, proporcionando aos artesãos retomarem suas atividades econômicas”, disse.

De mãe para filha

A artesã Sebastiana Rosa conta que a motivação para confecção de peças em Taboa veio de geração para geração. A mãe, Benedita Rosa, está com 70 anos e desde os 20 já fazia artesanato e ajudava na renda da família.

“Minha mãe fazia esteira e criou a gente fazendo isso. Ao longo dos anos foi modificando as coisas, fazendo cestos e outros produtos. Ela trabalha há 50 anos e a cada dia foi aperfeiçoando. Eu trabalhava fora e chegava em casa e ajudava ela nas peças. Há um ano o artesanato se tornou a minha renda principal”.

1ª vez

Carla Grandini trabalha com bolsas térmicas e contou que é recém chegada a cidade e que a receptividade foi fundamental para divulgação do trabalho.

“Essa é a minha 1ª vez na feira. Estou muito feliz em divulgar meu trabalho. Sou moradora a pouco tempo e já me identifico com a cidade. Me dedico a arte e percebi que poderia acrescentar produtos multiuso no dia a dia das pessoas”.

Amigas de feira

Janizete dos Santos e Maria José se conheceram em feiras e apesar de terem barracas diferentes os produtos confeccionados se completam. As duas trabalham com foco na área infantil.

“Já estou no artesanato há muito tempo e é a 1ª vez que fui convidada. Faço meus artesanatos voltados para criança e gosto muito de pegar peças e enfeitar. Trabalho com crochê e torno as coisas mais alegre”, disse Janizete.

“Meus produtos também são voltados para criança, trabalho com tolhas personalizadas e travesseiros. Tudo começou como uma terapia, na época precisava ocupar a mente e acabei gostando. Cada ponto de costura possui um padrão e algumas peças necessitam de um trabalho maior”, contou Maria.

O cheiro

A artesã Allyne Diniz contou que a saboaria era um trabalho extra, mas com a pandemia acabou se tornando a principal fonte de renda.

“Nós trabalhamos com festas e a saboaria era uma renda extra. Hoje, com a pandemia, o setor de festas está parado e o artesanato se tornou a principal fonte de renda. Aumentamos a produção e hoje, além das feiras, vendemos pela internet”.

Artesanato para Pet

Quem disse que seu animalzinho ficou esquecido? A moda Pet também faz parte da feira com roupinhas e acessórios personalizados, entre eles uma plaquinha de identificação.

“Eu trabalhava com costura criativa, moda infantil e fantasias. Até que na Feira Livre Solidária, uma cliente chegou com um cachorrinho que tinha acabado de adotar e perguntou se eu fazia moda Pet. Fui pra casa, preparei umas peças e a partir daí não parei mais”, contou Hevellyn Marcelly.

Moda infantil, adolescente e adulto

Maria de Lurdes Barreto Silva contou que antes do artesanato trabalhava com MDF. Antes de participar das feiras ela tinha uma Ateliê de Noivas, onde fazia vestidos.

“Eu gosto muito de trabalhos manuais. Hoje faço diversas peças e acessórios para crianças e adultos. O trabalho do artesão é colocar o coração em cada agulhada. Quanto mais aprendemos, mais buscamos o conhecimento”.

História de superação

Lembra daquele barbante que o padeiro amarrava o pão antigamente. É ele o material que Nelma da Silva Costa usa para confeccionar bolsas e outros artigos que vende em sua barraca. Além disso, através da técnica do crochê ela também produz peças para mulheres que precisaram retirar parte do seio devido ao tratamento do câncer, essa ideia surgiu após perder a mãe devido a um câncer na mama.

“Uso um barbante mais puro, uma qualidade superior aos que eram usados pelos padeiros. O artesanato passou de geração para geração em minha família e hoje colocamos o nome do Ateliê em homenagem a minha avó e minha mãe, Zinecle. Minha mãe foi vítima de câncer de mama e hoje procuro confeccionar peças para atender as mulheres que precisam de próteses”.

Amo Crianças

A artesã Tânia Maria se identifica com crianças e sempre teve o coração aquecido para trabalhar com o público infantil, seja na pintura ou na costura.

“Há oito anos estou na feira, gosto muito de coisas infantis. Não sei explicar, tenho encanto por crianças, estudei e fiz muitos cursos pra trabalhar com crianças. Sempre gostei de pintar e decidi começar a trabalhar com coisas infantis. Tudo chama muito minha atenção”.

A arte do Luxo

Glória Manzone não deixa nada para trás. Atenta a cada detalhe, ela vê a arte onde nós achamos que é lixo.

“Nada é desperdiçado. Madeira de demolição, parafusos, garrafas, latas, aproveito tudo. Corto e pinto as peças, dou nova vida ao material que seria descartado”.

O retrato de um povo

A artista plástica Ornellas conta que desde 2000 sentiu a necessidade de retratar a história e usou o grafite para isso. Ela trabalhava na rede de educação de São Gonçalo e observou que pouco se sabia sobre os patronos das escolas. Através do desenho começou a retratar isso.

“Foi um projeto que surgiu em São Gonçalo, contando através do desenho um pouco da história. Não tínhamos imagens dos patronos, somente o texto e fala. Em 2012 fiz um projeto para rede e retratei todos os patronos. Hoje dou aula de retratação e faço trabalhos por encomenda. Minha mãe conta que isso tudo começou quando eu tinha 4 anos de idade. Daí por diante fui copiando imagens e hoje me especializei em realismo”.

 

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